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Libertadores

Por superstição e rotina, corintianos comparecem ao Pacaembu

27 fev 2013 - 20h33
(atualizado às 22h53)
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Paula Aparecida Leite afirmou que é rotina acompanhar o Corinthians em dia de jogo
Paula Aparecida Leite afirmou que é rotina acompanhar o Corinthians em dia de jogo
Foto: Bruno Santos / Terra

A proibição de jogos com público na Copa Libertadores da América, o pedido do Corinthians para que torcedores não comparecessem ao Pacaembu e o convite das torcidas organizadas para acompanhar a partida contra o Millonarios em telões colocados nas quadras não foi suficiente para impedir que alguns torcedores se apresentassem na Praça Charles Miller na noite desta quarta-feira. A explicação envolve rotina e superstição.

"Vim aqui para o Pacaembu por superstição. Mesmo concordando com a punição, eu tenho que passar aqui para passar sorte ao Corinthians. A punição foi até pequena, acho que o clube tem que acatar, mas nada vai impedir de a gente vir aqui passar energia para o Corinthians", disse o administrador Carlos Mesquita, 33 anos. Ele foi um dos cerca de 30 corintianos que rondavam o Pacaembu horas antes do confronto entre brasileiros e colombianos.

Paula Aparecida Leite, 26 anos, dispensou o jogo na quadra da Gaviões da Fiel, torcida da qual é associada, e apareceu com um grupo de cinco pessoas. "Viemos para passar uma força para o Corinthians. Mesmo não podendo entrar, essa é a nossa rotina: dia de jogo estar com o Corinthians. Tem que vir aqui pelo amor ao Corinthians", explicou a torcedora, contrária à punição da Conmebol ao clube paulista.

Alguns vieram de mais longe, como as caravanas em dia de jogo, mas desta vez para ficar na rua durante a partida. É o caso do estudante Renan Diego Souza, 20 anos. "Vim de Mauá só para estar ao lado do Corinthians. Mesmo sem poder entrar, viemos dar uma força. O Corinthians, sem torcida, não é Corinthians. Mesmo que os jogadores não nos ouçam aqui fora, eles vão sentir a nossa energia. Isso não tem igual", afirmou.

"É muito estranho ver o Pacaembu tão vazio em dia de jogo do Corinthians. Como eu nunca deixei de vir em um jogo de Libertadores, tive que passar aqui para mandar a minha energia", concordou o empresário Karl Moffete, 30 anos. Ele, no entanto, apoiou a punição e a decisão de as torcidas não tumultuarem os arredores do Pacaembu. "Finalmente as organizadas se organizaram. Vem que tem superstição, dá um ‘salve’ e vai para casa assistir ao jogo. Sem bagunça. Foi uma decisão acertada".

O Corinthians entra em campo às 22h para jogar com arquibancadas vazias contra o Millonarios, da Colômbia, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O time foi punido depois que um sinalizador atirado por um corintiano acertou e matou o garoto Kevin Espada, 14 anos, na estreia contra o San José, em Oruro, na Bolívia. A proibição de público é valida por 60 dias ou enquanto durar o processo de investigação do caso.

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Fonte: Terra
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