Presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout defendeu nesta quinta-feira a medida tomada pela entidade no fim da semana passada, que eliminou o Boca Juniors da Copa Libertadores da América, depois de ataque a jogadores do River Plate com composto caseiro de pimenta e ácido.
"Como acontece com os resultados dos jogos de futebol, já se sabia que a decisão tomada não iria agradar a uma das duas partes, mas foi uma decisão independente", garantiu o dirigente.
O mandatário da entidade sul-americana aproveitou o contato com os jornalistas para pedir um somatório de esforços para que "os torcedores violentos fiquem em casa". "Sempre há um risco quando se juntam em um estádio 40 mil pessoas, mas os agressivos são minoria, que não passa de umas 100 pessoas", afirmou Napout.
Na quinta passada, no retorno dos atletas do River para o segundo tempo da partida que estava 0 a 0, torcedores do Boca lançaram substância caseira composta por pimenta e ácido nos jogadores rivais no túnel de acesso ao gramado do Estádio La Bombonera.
O clássico entre Boca Juniors e River Plate, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, tinha tudo para ser um grande jogo, mas se tornou um fiasco, atrapalhado por spray de pimenta, drone e outros fatos lamentáveis. Ponzio (dir.) foi um dos jogadores que mais sentiu dor por causa do spray de pimenta
Foto: Natacha Pisarenko / AP
Problemas ocasionados pelos torcedores do Boca foram os responsáveis pelo adiamento do jogo
Foto: Ivan Fernandez / EFE
Jogadores buscaram alívio com água, mas demoraram para se recuperar
Foto: Juan Mabromata / AFP
Após o intervalo, jogadores do River voltaram com ardência nos olhos e no nariz, além de manchas vermelhas nas camisetas e no corpo
Foto: Natacha Pisarenko / AP
Presidente do River, Rodolfo D'Onofrio entrou em campo para discutir a situação
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Cavenaghi deixa o campo protegido pelos escudos da polícia
Foto: Iván Fernández / EFE
Delegado da Conmebol, Roger Bello (centro) conversa com o árbitro do duelo, Dario Herrera
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Técnico do River, Marcelo Gallardo teve bastante dificuldade para deixar o campo do Boca
Foto: Natacha Pisarenko / AP
Primeiro tempo do jogo terminou 0 a 0, com muitas faltas e brigas dos jogadores em campo
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A festa da torcida do Boca até começou bonita
Foto: Marcos Brindicci / Reuters
A brincadeira do "fantasma da Série B" é comum na Argentina desde 2011
Foto: David Fernandez / EFE
Drone voou perto da torcida e até do gramado
Foto: Ivan Fernandez / EFE
Driussi usa toalha para tentar aliviar sensação deixada pelo gás
Foto: David Fernandez / EFE
Martinez e outros jogadores do River ficaram com dificuldades para abrir os olhos após o intervalo
Foto: David Fernandez / EFE
Ponzio mostra no rosto o estado que os atletas do River ficaram após gás de pimenta
Foto: Juan Mabromata / AFP
Drone do "Fantasma de la B" apareceu no pior momento possível
Foto: Alejandro Pagni / AFP
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O zagueiro Ramiro Funes Mori, o lateral esquerdo Leonel Vangioni e os volantes Leonardo Ponzio e Matías Kranevitter tiveram inflamação química nos olhos. Após quase uma hora e meia de paralisação, o jogo foi suspenso. Dois dias depois, o meia-atacante Sebástian Driussi foi internado com uma inflamação cerebral.
Por causa do ataque, o time xeneize foi eliminado da Libertadores - com o River avançando para enfrentar o Cruzeiro -, recebeu multa de US$ 200 mil (R$ 597,7 mil) e ainda terá que fazer os próximos quatro jogos como mandante com portões fechados.