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Que saudade! Sem craques, mineiros balançam na Libertadores

4 mar 2015 - 10h01
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Fábio; Mayke (Ceará), Dedé, Léo (Bruno Rodrigo) e Egídio; Lucas Silva e Henrique (Nilton); Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto); Marcelo Moreno (Borges). Todo mundo conhece essa escalação: foi a base do Cruzeiro bicampeão brasileiro em 2013 e 2014... mas bem diferente do time que entra em campo atualmente. E o Atlético-MG que venceu a Libertadores e a Copa do Brasil nos dois últimos anos? Se precisasse citar o melhor jogador desse time, provavelmente você diria Diego Tardelli – outro que já não veste a mesma camisa.

O Cruzeiro empatou seus dois primeiros jogos, enquanto o Atlético perdeu ambos. Será que a saída dos craques é suficiente para explicar o começo ruim da dupla mineira na Copa Libertadores?

<p>Craque do Brasileiro segundo a CBF em 2013 e 2014, Everton Ribeiro agora joga pelo Al-Ahli</p>
Craque do Brasileiro segundo a CBF em 2013 e 2014, Everton Ribeiro agora joga pelo Al-Ahli
Foto: Site oficial do Al Ahli / Reprodução

Cruzeiro: uma revolução na equipe titular

Durante os dois anos em que o Cruzeiro conquistou com muita folga o Campeonato Brasileiro, sempre se exaltou a força do elenco celeste. E com razão: o time de Marcelo Oliveira era disparado o melhor do País em peças de reposição. Se dois ou três titulares não jogassem em uma partida ou outra, os reservas davam conta do recado. Entretanto, o time titular tinha uma espinha sólida – os reservas eram competentes, mas precisavam apenas render em partidas esporádicas, em um time azeitado.

É uma situação bem diferente da atual, em que o Cruzeiro perdeu nada menos que seis titulares de repente: Dedé se machucou gravemente, enquanto Egídio, Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno deixaram o clube. A forma de jogar que já estava enraizada no clube deixou de existir da noite para o dia, e Marcelo Oliveira se viu novamente no primeiro semestre de 2013: tendo que formar no meio da temporada uma equipe entrosada e competitiva.

<p>Reformulado, Cruzeiro está tendo dificuldades na Libertadores</p>
Reformulado, Cruzeiro está tendo dificuldades na Libertadores
Foto: Paulo Fonseca / AP

É bom lembrar o que aconteceu naquela ocasião. Cheio de jogadores recém-chegados, o primeiro semestre do Cruzeiro foi turbulento, o time perdeu o Estadual para o Atlético-MG, Marcelo Oliveira correu risco de demissão, nomes como Diego Souza não deram certo. Mas o trabalho foi mantido, o time se encontrou e fez do jogo coletivo sua principal arma para passear no Brasileiro.

Talvez a história se repita, talvez não – mas o certo é que, com tantas novidades, o Cruzeiro tem em sua história recente um exemplo de que um time como o do ano passado não se faz de repente. Não há motivo para desespero, mas o problema é que a Libertadores já pode ter ficado para trás quando essa equipe se encaixar.

<p>Grande nome do Atlético-MG nos últimos anos, Diego Tardelli partiu para o futebol chinês</p>
Grande nome do Atlético-MG nos últimos anos, Diego Tardelli partiu para o futebol chinês
Foto: Shandong Luneng / Divulgação

Atlético-MG: quanta falta faz um jogador?

O caso do Atlético não é como o do arquirrival. Não houve um êxodo de titulares, o time não precisou remontar sua "coluna vertebral" em campo. Mas a saída de um único pilar fez a estrutura ficar bem mais enfraquecida. Diego Tardelli era muito mais que um camisa 9 – aliás, há tempos já não joga na função de centroavante –, e é possível argumentar que desde a conquista da Libertadores em 2013 ele já era o jogador mais importante da equipe.

Naquele time, Jô era essencial como pivô e referência aérea, Bernard fazia gols decisivos, e Ronaldinho, apesar de não participar muito do jogo, influenciava com passes certeiros e bolas paradas. Mas quem fazia mesmo o time jogar era Tardelli, correndo sem parar, unindo meio-campo e ataque, distribuindo a bola e fazendo o papel de armador muito mais que qualquer outro. Essa característica continuou em 2014, com o atacante tendo sempre liberdade de movimentação para buscar jogo, cair pelos lados e aparecer na área.

Agora, o Galo precisa se readaptar. Não existe no elenco um jogador com a característica de Tardelli: um meia-atacante com mobilidade, disciplina tática e passe refinado, e ao mesmo tempo tanto faro de gol. O substituto teórico, Lucas Pratto, é um tipo totalmente diferente; o mesmo se pode dizer dos "velhos conhecidos" André e Jô, ambos em péssima fase. Com Dátolo, Luan e Maicosuel atrás de um centroavante mais fixo, o Atlético passa pelo mesmo processo do Cruzeiro – existe qualidade no time, mas este terá que reaprender a jogar de uma maneira diferente.

Mas as torcidas não estão com tanta paciência assim...

Cruzeirenses:

Atleticanos:

Fonte: Terra
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