Que saudade! Sem craques, mineiros balançam na Libertadores
Fábio; Mayke (Ceará), Dedé, Léo (Bruno Rodrigo) e Egídio; Lucas Silva e Henrique (Nilton); Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto); Marcelo Moreno (Borges). Todo mundo conhece essa escalação: foi a base do Cruzeiro bicampeão brasileiro em 2013 e 2014... mas bem diferente do time que entra em campo atualmente. E o Atlético-MG que venceu a Libertadores e a Copa do Brasil nos dois últimos anos? Se precisasse citar o melhor jogador desse time, provavelmente você diria Diego Tardelli – outro que já não veste a mesma camisa.
O Cruzeiro empatou seus dois primeiros jogos, enquanto o Atlético perdeu ambos. Será que a saída dos craques é suficiente para explicar o começo ruim da dupla mineira na Copa Libertadores?
Cruzeiro: uma revolução na equipe titular
Durante os dois anos em que o Cruzeiro conquistou com muita folga o Campeonato Brasileiro, sempre se exaltou a força do elenco celeste. E com razão: o time de Marcelo Oliveira era disparado o melhor do País em peças de reposição. Se dois ou três titulares não jogassem em uma partida ou outra, os reservas davam conta do recado. Entretanto, o time titular tinha uma espinha sólida – os reservas eram competentes, mas precisavam apenas render em partidas esporádicas, em um time azeitado.
É uma situação bem diferente da atual, em que o Cruzeiro perdeu nada menos que seis titulares de repente: Dedé se machucou gravemente, enquanto Egídio, Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno deixaram o clube. A forma de jogar que já estava enraizada no clube deixou de existir da noite para o dia, e Marcelo Oliveira se viu novamente no primeiro semestre de 2013: tendo que formar no meio da temporada uma equipe entrosada e competitiva.
É bom lembrar o que aconteceu naquela ocasião. Cheio de jogadores recém-chegados, o primeiro semestre do Cruzeiro foi turbulento, o time perdeu o Estadual para o Atlético-MG, Marcelo Oliveira correu risco de demissão, nomes como Diego Souza não deram certo. Mas o trabalho foi mantido, o time se encontrou e fez do jogo coletivo sua principal arma para passear no Brasileiro.
Talvez a história se repita, talvez não – mas o certo é que, com tantas novidades, o Cruzeiro tem em sua história recente um exemplo de que um time como o do ano passado não se faz de repente. Não há motivo para desespero, mas o problema é que a Libertadores já pode ter ficado para trás quando essa equipe se encaixar.
Atlético-MG: quanta falta faz um jogador?
O caso do Atlético não é como o do arquirrival. Não houve um êxodo de titulares, o time não precisou remontar sua "coluna vertebral" em campo. Mas a saída de um único pilar fez a estrutura ficar bem mais enfraquecida. Diego Tardelli era muito mais que um camisa 9 – aliás, há tempos já não joga na função de centroavante –, e é possível argumentar que desde a conquista da Libertadores em 2013 ele já era o jogador mais importante da equipe.
Naquele time, Jô era essencial como pivô e referência aérea, Bernard fazia gols decisivos, e Ronaldinho, apesar de não participar muito do jogo, influenciava com passes certeiros e bolas paradas. Mas quem fazia mesmo o time jogar era Tardelli, correndo sem parar, unindo meio-campo e ataque, distribuindo a bola e fazendo o papel de armador muito mais que qualquer outro. Essa característica continuou em 2014, com o atacante tendo sempre liberdade de movimentação para buscar jogo, cair pelos lados e aparecer na área.
Agora, o Galo precisa se readaptar. Não existe no elenco um jogador com a característica de Tardelli: um meia-atacante com mobilidade, disciplina tática e passe refinado, e ao mesmo tempo tanto faro de gol. O substituto teórico, Lucas Pratto, é um tipo totalmente diferente; o mesmo se pode dizer dos "velhos conhecidos" André e Jô, ambos em péssima fase. Com Dátolo, Luan e Maicosuel atrás de um centroavante mais fixo, o Atlético passa pelo mesmo processo do Cruzeiro – existe qualidade no time, mas este terá que reaprender a jogar de uma maneira diferente.
Mas as torcidas não estão com tanta paciência assim...
Cruzeirenses:
Não é de hoje que o Cruzeiro tem dificuldade contra equipes fechadas. E tentar na base do chuveirinho é tudo que eles querem, só facilita.
— Eden Moreira (@Edenemf) 4 março 2015
Torcida tem que pegar é no pé da diretoria do @Cruzeiro que não trouxe reposições satisfatórias e o William que não joga nada tem 7 meses.
— Camila Martins (@camilamartins96) 4 março 2015
@Cruzeiro esta pagando o preço do desmanche. MO vai ter muito trabalho! Buracos no meio e armação d Willians e Marquinhos, fim dos tempos!
— Walace (@Blog_Tendencias) 4 março 2015
Marquinhos não pode ser protagonista de um time igual ao Cruzeiro, isso é incompatível. Sem tirar seus méritos até pq tem jogado bem.
— roge® (@rogerbruno30) 4 março 2015
E pq a torcida bateu palma para o time horroroso do Cruzeiro ontem? Tem que vaiar, não jogou o suficiente, se tivesse ganharia o jogo.
— Marina Sanches (@_marinasanches) 4 março 2015
O @Cruzeiro parecia time juvenil! Ninguém apertou o juiz e não foram p/cima dos amarelados! Mayke e Marquinhos sentiram a pressão no 2* t
— Walace (@Blog_Tendencias) 4 março 2015
Se o Cruzeiro não contratar um armador vai pesar pro lado do De Arrascaeta que não tem nada a ver com isso .
— Henrique Korell (@Ohenriquekorell) 4 março 2015
Atleticanos:
Sério que tem gente culpando o preparador físico? Putz, olhem a escalação do Galo primeiro. O time tá muito fraco no papel e em campo.
— Atlético Mineiro (@catleticomg) 26 fevereiro 2015
GALO hoje é um time sem alma. E na Libertadores alma e vontade as vezes são mais importantes que bola no pé.
— Daniel Teobaldo (@daniteo) 26 fevereiro 2015
A única coisa que me deixa revoltado é deixar jogadores de nível inferior no meu time como Patric e compania...O Galo é gigante,inadmissível
— Luiz (@LChagass) 26 fevereiro 2015
Olha, tô pra dizer que muito mais que o Tardelli, o Galo tá sentindo falta é do Carlinhos Neves. Hora dessa o time tava era voando.
— K . O . N . G (@fred_kong) 26 fevereiro 2015
Tô preocupado com o Galo. As coisas não estão azeitadas como no ano passado. O time piorou bem. Vamos ver amanhã e rezar.
— Roberto C. Filho (@robertoclfilho) 24 fevereiro 2015