Tite pede fim de impunidade e quer que esporte dê exemplo à sociedade

Depois de vencer o Millonarios por 2 a 0, em jogo de portões fechados à torcida, Tite novamente precisou responder a questões extracampo. O treinador do Corinthians, em um rápido desabafo, pediu que os responsáveis sejam punidos, o que insinua uma certa sensação de injustiça com a equipe corintiana na Copa Libertadores. Na partida de quarta, o time de Tite jogou sem público graças a uma medida cautelar imposta pela Conmebol pela morte do boliviano Kevin Espada há uma semana.

"Quero que haja justiça, se pare com impunidade e os responsáveis sejam responsabilizados. Não só no esporte, mas que o esporte seja exemplo", afirmou Tite. Na última segunda-feira, na companhia de um advogado da facção organizada Gaviões da Fiel, um menor de idade, de 17 anos, se apresentou à Vara da Infância e Juventude e afirmou ter sido o responsável pelo lançamento do sinalizador do menino Kevin, 14 anos.

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"Passam 300 coisas na cabeça quando uma tragédia acontece, mas para mim não é acidente. É outra coisa", indicou Tite. "Começo a refletir qual é meu papel nessa história toda quando técnico de time da grandeza do Corinthians. É de poder ser uma voz para que novamente não aconteça esse tipo de coisa, de trabalhar pelo esporte de alguma forma. É desse jeito que vou me posicionar em relação a isso", definiu.

O treinador só não quis comentar a entrada de quatro torcedores na partida contra o Millonarios. Na tarde de quarta, o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou, via liminar, seis corintianos que haviam comprado ingresso. Dois desistiram de entrar no Pacaembu, mas os demais assistiram ao jogo. "Não tenho como, juridicamente, comentar isso".