Luxa promete Grêmio na briga pelo título: 'Me agiganto nas derrotas'

21 mai 2013 - 12h22

(atualizado às 12h48)

A primeira entrevista de Vanderlei Luxemburgo após a eliminação na Copa Libertadores da América também foi a primeira entrevista após um período de pressão intensa e incerteza do futuro do treinador no comando do Grêmio. Logo após a derrota para o Independiente Santa Fe, o presidente Fábio Koff não foi definitivo sobre a permanência do comandante. Nesta terça-feira, após um longo período de conversa com o auxiliar Roger Machado no treinamento, o técnico deu a sua versão para a queda na competição continental. Luxa disse que não se sentiu ameçado no cargo, reclamou da 'cultura' do futebol brasileiro e colocou o Brasileirão como obrigação para o Tricolor.

- Surgiu na imprensa isso (demissão). Não vi o presidente falando que tinha dúvida. Para quem gosta de ganhar, esses dias são doídos. Fiquei com a família, curtindo a família, os netos, e nos preparando para a sequência do trabalho - defendeu Luxemburgo.

Apesar de toda a dúvida externa quanto a sua continuidade, o técnico esteve no vestiário também nesta segunda. Segundo seu relato, encontrou jogadores abalados com a derrota para os colombianos, mas nada que fugisse do normal em um grande clube após uma eliminação na Libertadores. A reclamação pela cultura do Brasil, onde sempre se cogita a queda do técnico após derrotas importantes foi de leve. Mas houve, imbutida na maioria das respostas. Inclusive citou Felipão, que foi bancado por Koff em 93 e venceu tudo logo na sequência na década.

- É história do futebol. Culturalmente é assim. Só sai de um estádio para outro. Vocês não estão errados. Foi uma expectativa totalmente natural, normal. Sou tranquilo, entendo a situação de vocês. Falo só da experiência do futebol. Aqui no Grêmio, com o Felipão também aconteceu. O presidente contou. Comigo aconteceu. Cito isso, o futebol é de uma derrota doída, porrada, questionamento - comentou.

Após uma reunião de quase quatro horas entre a diretoria de futebol, o presidente e o treinador, ficou um consenso: uma mudança de comportamento é necessária. O clube gaúcho entra no Campeonato Brasileiro como um dos postulantes ao título, segundo Luxemburgo.

- Acho que o Grêmio entra como um dos candidatos. A Copa do Brasil é outra competição que podemos jogar. Temos duas competições para buscar o objetivo. Nada fugiu da rotina do futebol. (...) Entramos com propriedade de campeão. Entramos para ganhar. Temos obrigação de brigar pelo título do Brasileirão e Copa do Brasil - cravou.

O Tricolor estreia no domingo no Brasileirão. A ideia gremista é fazer o maior número de pontos nas primeiras cinco rodadas, antes da parada para a Copa das Confederações, já que o período servirá como intertemporada para a maioria dos clubes.