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Manifestantes do MSTS protestam em frente à sede da Terracap em Brasília

15 mai 2014 - 13h23
(atualizado às 16h01)
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Aproximadamente 500 manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem-teto (MTST) protestaram nesta quinta-feira contra os gastos públicos ligados à Copa do Mundo em frente à sede da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), proprietária do Estádio Nacional Mané Garrincha, o mais caro dos construídos.

Essa foi a primeira manifestação convocada para hoje em Brasília dentro de uma jornada de protestos contra a Copa que será realizada por movimentos sociais em 15 cidades do país.

Edson Silva, um dos coordenadores do movimento MTST no Distrito Federal, disse que o protesto pretendia denunciar a quantia de R$ 1,2 bilhão que o governo destinou à construção do estádio, enquanto, segundo ele, "a população mais pobre não tem acesso a uma casa".

Durante o protesto, que começou de maneira pacífica, alguns confrontos foram registrados, tendo em vista que os manifestantes acabaram dispersados pelos policiais com uso de gás pimenta.

O tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt, responsável pela operação da Polícia Militar, confirmou o uso de gás, embora tenha afirmado que o mesmo foi "necessário" para evitar que os manifestantes "invadissem" o edifício da Terracap.

A manifestação, que foi encerrada sem outros incidentes e sem detidos, deverá ser retomada ainda hoje, já que os participantes afirmaram que iniciaram um novo protesto em um terminal de ônibus de Brasília, situado próximo às sedes do Palácio do Planalto e do Congresso nacional.

A jornada de protestos contra a Copa também alterou a rotina dos habitantes de São Paulo, onde diversas avenidas foram bloqueadas pelos manifestantes.

Um dos protestos se concentrou na Radial Leste, no bairro de Itaquera, onde fica a Arena Corinthians, palco da primeira partida da Copa, entre Brasil e Croácia, no próximo 12 de junho. Na última semana, cerca de 4 mil ativistas do MSTS também ocuparam um terreno próximo ao estádio.

As manifestações previstas para hoje fazem parte de um calendário de protestos que os movimentos sociais pretendem manter durante toda a Copa, que será encerrada somente no dia 13 de julho.

EFE   
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