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Almoço e oposição: veja bastidores da queda de Juvenal

17 set 2014 - 08h24
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Atacada até no discurso de posse de Carlos Miguel Aidar, a oposição do São Paulo está mais próxima do que nunca do atual presidente tricolor. Prova disso é que alguns de seus membros sabiam da demissão de Juvenal Juvêncio (aliado histórico de Aidar no clube e principal apoiador de sua candidatura) antes mesmo de o próprio ex-presidente ser comunicado.

Juvenal Juvencio, el presidente del "Tricolor" se tomó en broma las agresiones sufridas por los jugadores de Tigre
Juvenal Juvencio, el presidente del "Tricolor" se tomó en broma las agresiones sufridas por los jugadores de Tigre
Foto: Web

A reaproximação começou há cerca de dois meses. De lá para cá, Aidar, aos poucos, foi pondo em prática o que havia dito no encontro, realizando o choque de gestão prometido em campanha. Contratou uma consultoria e passou a demitir funcionários herdados da administração anterior e considerados supérfluos ou habituados a um modelo visto como ultrapassado. O passo definitivo da ruptura com Juvenal foi avisado aos oposicionistas em almoço na sexta-feira passada.

Três dias depois, Juvenal foi informado de sua demissão da diretoria de futebol amador. “Comunico o fim da colaboração do Dr. Juvenal Juvêncio na diretoria por mim presidida. O São Paulo Futebol Clube reconhece a importante contribuição que Juvenal sempre deu ao clube, primeiro como diretor, depois como presidente e por último como diretor novamente", dizia a nota. Em apoio, Roberto Natel deixou a vice-presidência.

Embora seja mais velho, Juvenal foi levado à política do São Paulo por Aidar, que presidiu o clube de 1984 a 1988. No fim daquela década, ele teve seu primeiro mandato de dois anos, voltando a ser presidente de 2006 até abril deste ano, quando devolveu o cargo justamente para Aidar, a quem escolheu como melhor nome para sucedê-lo entre quatro opções possíveis. Por isso, sentiu-se traído diante da manobra realizada pelo antigo parceiro.

"Como ele me traiu, vai trair o São Paulo, vai depredar este clube", disse Juvenal à Fox Sports, horas depois da demissão. "A sorte é que o time está ganhando, porque, no futebol, quando a equipe vence, o presidente é bom. Mas fomos nós que montamos este time, ele não entende de futebol. Não ia aos jogos por 24 anos, preferia ir ao Guarujá".

Por ora, a reaproximação política não significa que a oposição terá cargos. De qualquer forma, na terça-feira, dia seguinte à saída de Juvenal, membros da diretoria atual receberam no CT da Barra Funda a visita de um dos principais nomes da oposição, eleito conselheiro em abril e que participou do almoço com o presidente, na sexta-feira. Os líderes da chapa rival na eleição, Marco Aurélio Cunha e - principalmente - Kalil Rocha Abdalla, não estão na dianteira.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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