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Revelação do Guarani registra B.O. contra presidente e treinador

4 mar 2013 - 11h56
(atualizado às 12h24)
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A novela envolvendo Eduardo e Guarani ainda está longe de terminar. Depois do clube comunicar que o jogador havia sumido e acusar o ex-presidente Marcelo Mingone de tê-lo aliciado, agora foi a vez do volante se defender. No início de fevereiro, ele registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) acusando o presidente Álvaro Negrão e o técnico Branco de coação. O assunto, porém, veio à tona apenas no fim da última semana.

O B.O. foi registrado no 5º Distrito Policial de Campinas. Eduardo, 17 anos, estava acompanhado da mãe Lygia Maria da Silva e do empresário Hugo Ardison. Além disso, o jogador, orientado pelo advogado Fábio Luiz de Oliveira, entrou na Justiça do Trabalho pedindo a rescisão de contrato junto ao Guarani. Uma audiência está marcada para o dia 7 de março e a expectativa é que o assunto seja resolvido.

Segundo relatos de Eduardo no B.O., no dia 8 de fevereiro ele foi levado pelo gerente de futebol Isaías Tinoco até o escritório do empresário Nenê Zini para uma reunião. Antes de entrar na sala, encontrou o técnico Branco, que perguntou: "Eduardo, você quer jogar no Guarani? Então entra lá na sala e conversa com o Álvaro Negrão e o Nenê Zini".

Depois, teria sido a vez do presidente bugrino ameaçá-lo, dizendo: "assina com o Nenê Zini, porque senão você, Eduardo, vai ficar um ano e meio sem jogar", citando o tempo de contrato que o jogador tem com o Guarani.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/selecoes-estaduais/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/selecoes-estaduais/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Depois disso, Eduardo retornou ao Estádio Brinco de Ouro da Princesa e desde então não participou mais dos treinamentos com o elenco. Apesar do Guarani ter avisado que entrou com uma representação pedindo o retorno imediato, isso não deverá acontecer, pelo menos até a realização da audiência na próxima quinta. Segundo a assessoria de imprensa do volante, ele não irá se reapresentar, pois está com medo de sofrer represálias.

Na última sexta, o técnico Branco foi questionado sobre o ocorrido e procurou não entrar em mais detalhes, mas classificou a atitude de Eduardo como "algo simplesmente ridículo". Além disso, comunicou que já entrou em contato com o empresário Nenê Zini e, como teve o nome citado no B.O., terá que ser provada na Justiça a ligação dele na história.

"Acusar é fácil. O Brasil inteiro me conhece. Esse menino (Eduardo) nunca treinou comigo, não o conheço e até espero que tenha sucesso na carreira. Não quero falar muito sobre isso porque é algo extremamente ridículo. Já falei com meu advogado e ele vai resolver. Se fui citado no Boletim de Ocorrência, alguém terá que explicar isso na Justiça", avisou o treinador.

Ao Terra, o presidente Álvaro Negrão negou ter feito qualquer ameaça a Eduardo com a intenção de que ele assinasse contrato com Nenê Zini, e ainda acusou o ex-presidente Marcelo Mingone de ter negociado os direitos federativos dos jogadores da base com o empresário Hugo Ardison. O mandatário também prometeu entrar com uma ação na esfera civil por danos morais.

"Tudo isso que foi falado é mentira, porque em nenhum momento houve ameaça. Estamos tratando desse assunto com nosso advogado (Filipe Souza) e vamos entrar também com uma ação contra o Hugo e a mãe do Eduardo na esfera civil, por danos morais. Eles fizeram isso para ameaçar a gente, eles estão querendo inverter a situação, mas na Justiça vamos ver quem está certo", afirmou.

"Na verdade, quem está aliciando o jogador são eles, que estão nos impedindo até mesmo de falar com a mãe dele. O ex-presidente Marcelo Mingone tem uma parceria com o Hugo Ardison, que possui porcentagem nos direitos federativos de mais de 20 jogadores da base. O Mingone doou 40% dos direitos do Eduardo para esse Hugo, mas estamos montando um dossiê para recuperar tudo isso", prometeu Negrão.

Uma das principais promessas do Guarani nos últimos anos, Eduardo foi emprestado ao São Paulo no ano passado e retornou no dia 31 de janeiro, já que o clube da capital não exerceu a prioridade na compra. O volante, porém, havia demonstrado o interesse em ser negociado, pois não queria continuar no Guarani, com quem tem contrato até o dia 8 de junho de 2014.

Fonte: André Regi Esmeriz - Especial para o Terra André Regi Esmeriz - Especial para o Terra
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