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Salário e rusgas: permanência de Luxa em 2015 é incerta

21 out 2014 - 10h11
(atualizado às 10h22)
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O casamento entre Vanderlei Luxemburgo e o Flamengo está dando muito certo nesse ano. Desde que retornou à Gávea, há três meses, o técnico conseguiu afastar o time da zona da "confusão" do Campeonato Brasileiro, como costuma dizer, e está na semifinal da Copa do Brasil, competição que dá ao seu campeão uma vaga na Copa Libertadores de 2015. Porém, o divórcio pode acontecer antes do esperado por conta de exigências feitas pelo treinador - às quais a diretoria rubro-negra está dividida para cumprir.

Foto: Buda Mendes / Getty Images

As exigências começam pelo salário. Como estava desvalorizado no mercado, Vanderlei Luxemburgo aceitou os R$ 300 mil oferecidos pela diretoria do Flamengo para treinar o clube neste ano, recebendo como pessoa jurídica, sem um contrato de trabalho assinado. Após o sucesso em campo, o treinador quer R$ 700 mil para assinar o vínculo e permanecer na Gávea até o fim de 2015.

Além disso, Luxemburgo exigiu para a diretoria a contratação de três jogadores de nível internacional para 2015. O treinador argumentou a necessidade dessa medida visando deixar o time mais competitivo para a provável disputa da Copa Libertadores do próximo ano.

Internamente, Vanderlei Luxemburgo não tem apoio total da diretoria do Flamengo, até porque o seu nome não foi consenso para substituir Ney Franco, seu antecessor. Parte dos dirigentes, como o diretor executivo geral, Fred Luz, que tem interferência no futebol e é aliado do vice-presidente de marketing, Luiz Eduardo Baptista, queria a contratação de Tite.

Luxemburgo tem apoio de outra ala, liderada pelo executivo de futebol, Felipe Ximenes, e do vice da pasta, Alexandre Wrobel. Entretanto, argumentações dos dois não devem ser consideradas por conta de uma reestruturação do departamento prevista para janeiro.

Esse atrito com Fred Luz já originou rusgas nos bastidores. Ao retornar para o Flamengo, por exemplo, Vanderlei Luxemburgo exigiu ingressos e camisas oficiais cortesias por jogo do time rubro-negro. E, no início deste mês, o diretor executivo geral da Gávea barrou essas solicitações, que não estão mais sendo entregues ao treinador.

Outro ponto de destaque nesse casamento vai em relação ao jogo político para a eleição presidencial do Flamengo em 2015. Membros favoráveis à permanência do treinador argumentam que a imagem pública da gestão ficaria negativa caso não valorize Luxemburgo, um dos principais responsáveis pela mudança do rumo rubro-negro na temporada.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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