Modestos, Araxá e Osasco FC receberam R$ 10 milhões em incentivos
Equipes mantêm base com recursos dos quais Governo Federal abre mão
Osasco Futebol Clube-SP e Araxá Esporte Clube-MG são equipes modestas e estão distantes da primeira divisão nacional, mas no que diz respeito à Lei de Incentivo ao Esporte estão em alta. Nos últimos três anos, foram respectivamente o segundo e terceiro clube a captar mais recursos liberados pelo Governo Federal. Osasco com R$ 5 milhões e Araxá com R$ 4,9.
Em contato com o Terra, ambos declararam fazer uso dos recursos para formar atletas e manter as categorias de base, não necessariamente com a construção de centros de treinamento ou alojamentos, por exemplo.
“Já estamos no quarto ano de execução”, diz João Barreto, diretor do Araxá. “Temos 90 garotos em formação, em três categorias. Oferecemos toda a área médica, pedagogia, psicologia, oftalmologia e mais cinco profissionais em cada comissão técnica. Temos ajuda de custo, transporte, alimentação e material esportivo”, enumera. O objetivo é de formar jogadores e alguns, inclusive, já foram negociados. Dois destaques do time semifinalista do Campeonato Mineiro Sub-15 de 2012 foram repassados ao Cruzeiro. Outros mais velhos integram o elenco profissional que disputa o Campeonato Mineiro.
Nos últimos três anos, o Araxá aprovou a liberação de R$ 4,9 milhões em recursos para suas categorias de base. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, com sede em Araxá, doou 100% do valor ao deduzi-lo do Imposto de Renda. A meta seguinte do clube é conseguir a construção de um centro de treinamento para a formação de atletas.
Osasco FC recebeu R$ 5 milhões de funcionários do Bradesco via Lei de Incentivo
O Osasco Futebol Clube praticamente igualou essa quantia em seus projetos aprovados, no total de R$ 5 milhões. A aplicação dos recursos e os objetivos também são muito semelhantes aos do Araxá: oferecer suporte aos jovens, formá-los e tentar negociações a longo prazo.
“A gente forma jogador, mas também forma cidadãos”, diz Adelsio Reis, diretor do Osasco. “Nossa preocupação é ter escola para os meninos. Fizemos convênio com uma escola particular boa e também com a universidade Unip”.
Todos os recursos foram captados via imposto de renda de diretores do Bradesco. O banco é responsável pela ascensão de outra equipe da cidade, o Grêmio Osasco, que segundo Adelsio Reis ainda auxiliou o Osasco FC a conseguir os R$ 5 milhões liberados pelo Ministério do Esporte.
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