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Multa ao Roma por racismo não é o suficiente, diz Blatter

14 mai 2013 - 12h25
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou a multa de 50 mil euros (64.850 dólares) dada ao Roma pelo comportamento racista de seus torcedores, descrevendo a sanção como muito fraca e inaceitável.

Blatter disse que iria ligar para a Federação Italiana de Futebol, cuja investigação sobre o incidente de domingo no jogo contra o Milan ele disse não ter sido suficientemente completa.

"O que é surpreendente e não é compreensível para mim, é que o comitê disciplinar da Federação Italiana de Futebol tomou uma decisão, nem mesmo 24 horas após o evento, apenas pela imposição de uma multa", disse Blatter ao site oficial da Fifa.

"Eles não fizeram qualquer investigação sobre o que aconteceu. E só dar uma sanção pecuniária não é válido, isso não é aceitável", disse.

"Você sempre vai ter dinheiro. O que são 50 mil euros por tal incidente? Eu não estou feliz e vou chamar a Federação Italiana. Isso não é uma maneira de lidar com essas questões."

Blatter acrescentou: "Eu acho que as lições não foram aprendidas. É incrível que tivemos este tipo de incidente, especialmente na primeira divisão italiana, no (estádio) San Siro, entre o Milan e Roma, um jogo muito importante..

"O árbitro teve que interromper o jogo por alguns minutos, a fim de trazer de volta a calma. Isso é ruim."

O árbitro parou o jogo no início do segundo tempo da partida de domingo à noite, após torcedores visitantes entoarem cantos racistas. Avisos foram transmitidos através dos alto-falantes e o jogo foi reiniciado depois de um atraso de dois minutos.

O comitê disciplinar italiano anunciou a sanção na segunda-feira, dizendo que três jogadores do Milan, não identificados, tinham sido objeto de abuso racista.

Após a partida o treinador do Milan, Massimiliano Allegri, disse que o atacante Mario Balotelli sofria frequentemente com abusos racistas.

A equipe de Milão também inclui Kevin-Prince Boateng, que abandonou o campo durante um amistoso em janeiro depois de insultos racistas da torcida. Todo o time do Milan também se retirou a seguir naquela ocasião.

O Congresso anual da Fifa no final do mês vai votar várias propostas destinadas a conter o racismo nos jogos.

(Por Brian Homewood)

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