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Multas da "Máfia do Apito" podem levar 1 década para serem pagas

26 fev 2011 - 17h49
(atualizado às 17h55)
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Condenados a pagar multa conjunta de R$ 160 milhões, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho, envolvidos na "Máfia do Apito", podem levar até uma década para desembolsar a quantia - . A informação é de Carlos Miguel Aidar, advogado da Federação Paulista de Futebol (FPF), que foi condenada no processo a pagar, juntamente com o ex-árbitro Paulo José Danelon e o empresário Nagib Fayad, a multa de R$ 20 milhões.

O especialista explica que a decisão ainda está em primeira instância, o que permite a todas as partes a busca de recursos. A publicação da condenação será feita na segunda-feira, assim como a divisão dos valores.

"Agora todas as partes vão recorrer, a ação vai ao Tribunal de Justiça. Mas ainda há outras instâncias. Para facilitar aos leigos, a ação deve durar de cinco a dez anos para ser totalmente encerrada", resumiu Aidar.

As multas conjuntas, segundo Aidar, podem trazer no futuro mais problemas a entidades como a CBF e a FPF, já que as pessoas físicas teriam dificuldade em arcar com um valor tão alto. "Neste caso, o credor pode executar uma das partes, que aí teria de ir atrás da outra para cobrar a metade do valor", comentou.

As condenações aos réus foram feitas pela 17ª Vara Cível de São Paulo, em uma ação proposta pelo Ministério Público, baseada no Fundo de Defesa do Consumidor.

A "Máfia do Apito" proporcionou uma grande confusão no Campeonato Brasileiro vencido pelo Corinthians em 2005. A CBF decidiu anular os jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho, fato que deu um empurrão ao time paulista na reação para ultrapassar o Internacional na classificação.

CBF e ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho foram condenados a pagar multa conjunta de R$ 160 milhões
CBF e ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho foram condenados a pagar multa conjunta de R$ 160 milhões
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Gazeta Esportiva
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