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Em casa, Alemanha abre 6ª Copa e tenta impor dinastia feminina

26 jun 2011 - 08h29
(atualizado às 08h59)
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Dassler Marques
Direto de Mönchengladbach (Alemanha)

Se há na atualidade uma equipe capaz de parar o Brasil de Marta, esta é a Alemanha. Atual bicampeã, a anfitriã da sexta edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino inicia neste domingo, no Olympic Stadium da capital Berlim, sua cruzada por aquele que seria o tricampeonato mundial consecutivo. O Canadá, adversário da estreia (às 13h de Brasília) e que divide a festa de abertura com as mulheres alemãs, tem um currículo absolutamente modesto diante das germânicas.

Campeã de sete das últimas oito edições da Eurocopa, atual bicampeã mundial, atual campeã mundial Sub-20 e com dois bronzes olímpicos consecutivos: a Alemanha, que ainda tem a vantagem de jogar em casa pela primeira vez na história das Copas entre as mulheres, já enfrentou as canadenses nove vezes e sempre ganhou. Do outro lado, o Canadá, que será o país sede da Copa de 2015, deve dividir suas atenções entre observar a organização do evento e tentar estragar a festa germânica. Até hoje, o melhor desempenho das canadenses foi um isolado quarto lugar no Mundial de 2003, e há certa animação pelo inesperado título da última edição da Copa Concacaf.

A Alemanha, que ainda é dirigida pela campeã mundial Silvia Neid, jogará a Copa com um grupo para lá de experiente: 14 das 21 jogadoras já participaram de outras edições do torneio - entre elas, a veterana Birgit Prinz, 33 anos, três vezes melhor do mundo e a última jogadora a vencer a brasileira Marta em uma eleição da Fifa, em 2005. Prinz, centroavante, é também a maior artilheira da história das Copas, praticamente uma Ronaldo de saias.

Os alemães, entretanto, já acreditam que Birgit tem uma sucessora à altura: Alexandra Popp, também atacante, tem só 20 anos e chega à sua primeira Copa do Mundo com um retrospecto impressionante. No último Mundial Sub-20, marcou 10 gols e não passou nem um jogo em branco. Eleita a bola de ouro e artilheira, completou barba, cabelo e bigode ao se sagrar campeã do torneio, que também foi disputado na Alemanha.

"Precisamos de um bom início para ter os fãs juntos de nossa seleção. É muito importante estrear com vitória e será um desafio duro, mas prometemos fazer nosso melhor", afirmou a treinadora Silvia Neid, ainda em dúvida sobre o time a escalar. "Não estou certa sobre o que fazer. Vamos decidir a caminho do estádio", disse. É esperado um público acima de 73 mil pessoas, o que seria um recorde de público europeu em um jogo de futebol feminino.

Caso o Brasil cruze o caminho das alemãs mais adiante, Marta poderá trocar informações com Christine Sinclair. Principal esperança das canadenses, a atacante de 28 anos é parceira de ataque da brasileira no New York Flashes e já tem 107 gols marcados pela seleção de seu país. Neste domingo, tudo o que ela quer é silenciar Berlim.

Principal cidade alemã, a capital recebe um só jogo da Copa do Mundo de Futebol Feminino - justamente, a abertura. Antes de Alemanha e Canadá entrarem em campo, França e Nigéria fazem aquela que é oficialmente a primeira partida do Mundial. Às 10h (de Brasília), as francesas buscam os primeiros pontos na Rhein-Neckar-Arena, em Sinsheim.

Birgit Prinz ergue a taça conquistada em final contra o Brasil, em 2009: veterana quer parar com o tri mundial
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Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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