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Musa, craque e terror das brasileiras: todos encantos de Hope Solo

11 jul 2011 - 15h35
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Dassler Marques
Direto de Dresden (Alemanha)

Chinelos de dedo, camiseta, shorts e nada além do sorriso raro que encanta os torcedores de que país quer que sejam. Hope Solo, a estrela do trepidante duelo de domingo entre Estados Unidos e Brasil, pela Copa do Mundo de Futebol Feminino, não precisa de muito para chamar a atenção. Com sua simplicidade e longe dos trajes das celebridades, atendia pacientemente a todos antes de deixar o Glücksgas Stadion, em Dresden, onde era aguardada e ovacionada por dezenas de fãs. Naquela tarde, acrescentou mais um capítulo em sua história de vitórias contra a Seleção Brasileira.

"Enfrentar o Brasil me traz grandes lembranças. É sempre dramático e incrível enfrentá-las, não sei por que, mas é sempre assim. Mais uma vez eu e o time saímos vitoriosos", definiu a bela Hope Solo, em pergunta feita pela reportagem do Terra.

Eleita a melhor em campo pela Fifa, a goleira concedeu entrevista coletiva e, mesmo assim, também falou com diversos repórteres na saída do estádio. Solo, ao contrário de outras grandes estrelas, encanta pelo jeito simples e simpático de se mover e conversar.

Só não pergunte dela a jogadoras brasileiras, pois certamente você não verá muitos sorrisos. Hope Solo, no domingo, acrescentou mais uma grande vitória sobre a Seleção em sua galeria. Lá, há memórias sobre a final dos Jogos Olímpicos de 2008. Naquele dia em Pequim, ela teve uma de suas atuações mais inspiradas. Três anos depois, ainda assim, tem uma defesa em finalização de Marta que ninguém consegue esquecer. "Em 2008, ela foi a pedra no nosso sapato quando tirou aquela bola da Marta. É uma grande goleira", recordou Cristiane.

A vitória e o ouro daquele dia tiveram sabor em dobro para Hope Solo, que um ano antes viu sua posição de referência da equipe ficarem ameaçadas. Titular na Copa do Mundo 2007, foi barrada pelo treinador Greg Morgan por desavenças internas justamente na véspera da semifinal contra o Brasil. A reserva que jogou foi vazada quatro vezes, em dia memorável de Marta. Solo, que reclamou muito, demorou quase um ano para recuperar seu espaço, que só voltou pelas mãos da treinadora Pia Sundhage.

"O meu copo está sempre meio cheio, acho que esse momento pode ser melhor que 2008, porque temos uma situação diferente. No jogo contra o Brasil, a árbitra teve de decidir, tomou as decisões e o jogo se desenvolveu. Fiquei feliz em ver a reação da Hope. Quando observamos juntas tudo o que passou, vimos quantas emoções tivemos", analisou Pia, que é sueca.

Líder incondicional dos Estados Unidos, a capitã Hope Solo teve novamente uma atuação digna de uma goleira de classe mundial. Defendeu um pênalti batido por Cristiane, que só seria invalidado por desatenção das jogadoras americanas do rebote, que invadiram a área. Firme a todo instante no tempo normal, segurou o Brasil em muitos lances, sobretudo no segundo tempo. Rápida nas saídas do gol, inclusive com o pé, Solo foi quem pegou a cobrança de Daiane, em seu canto direito.

A eleição de melhor em campo foi um prêmio justo para quem desponta como estrela da Copa. Hope Solo, como sugere o próprio nome, tão belo quanto ela, não faz a menor questão. A simplicidade é o seu principal ingrediente. Vencer o Brasil, claro, o hobby predileto.

A goleira Hope Solo foi o grande destaque da vitória americana sobre o Brasil
A goleira Hope Solo foi o grande destaque da vitória americana sobre o Brasil
Foto: AP
Fonte: Terra
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