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Ex-goleiro Roger recorda decisão de 1991: "um jogo marcante"

20 ago 2011 - 09h59
(atualizado às 09h59)
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Após duas décadas, Brasil e Portugal voltam a se enfrentar na noite deste sábado em uma decisão do Campeonato Mundial sub-20. Em 1991, os lusitanos atuavam em casa e ficaram com o título ao superar a Seleção verde-amarelo no estádio da Luz nas penalidades. O jogo permanece, aliás, muito claro na memória de um dos protagonistas: o ex-goleiro Roger.

Luís Figo integrou a seleção portuguesa Sub-20 de 1991, algoz brasileira
Luís Figo integrou a seleção portuguesa Sub-20 de 1991, algoz brasileira
Foto: Getty Images

"Puxa, eu estava comentando sobre essa partida justamente nesta semana com um amigo", afirma o atual vereador da cidade de Cantagalo (RJ), que já está trabalhando na prévia da campanha para a prefeitura de seu município natal. "Foi um dos jogos mais marcantes da minha carreira", completou.

Em 1991, Roger recorda que a pressão sobre a Seleção Brasileira era terrível. No estádio, o público registrado foi de 127 mil espectadores. "Eram 120 mil portugueses. Para se ter uma ideia, foi feita propaganda para os torcedores não irem ao estádio porque não havia mais ingressos disponíveis nas bilheterias. O povo português é apaixonado por futebol e queria uma final contra o Brasil", disse.

A propósito, a participação da torcida fez Roger perder o sono nos dias que sucederam o jogo. "Eu nunca havia jogado com tanta gente no estádio. Fiquei duas noites sem dormir porque os torcedores tinham um apito, uma cornetinha, um barulho que ficou no meu ouvido. Eram 120 mil portugueses com aquela corneta por 150 minutos (tempo normal, prorrogação e pênaltis)", explicou.

Enquanto a bola rolou, Roger contou que o Brasil teve um gol de Paulo Nunes anulado pelo árbitro argentino Francisco Lamolina. Após 20 anos, ele ainda considera o lance duvidoso. Em compensação, o ex-goleiro - revelado pelo Flamengo e com uma longa passagem na reserva de Rogério Ceni no São Paulo - reconhece que Portugal tinha um elenco qualificado, com nomes que fizeram história no país posteriormente, como Rui Costa e Luis Figo.

"Com certeza, nós percebíamos que eram jogadores diferentes, atletas que jogavam juntos havia muito tempo, foi um bom trabalho de base. Foram atletas que colocaram Portugal no topo do mundo", exaltou.

Na fatídica decisão por pênaltis de 1991, Roger considera que a falta de experiência pesou na equipe brasileira - o meio-campista Marquinhos e o atacante Elber perderam as cobranças. No entanto, ele afirma que a atual Seleção comandada por Ney Franco está mais preparada para suportar momentos de pressão.

"A vitória dos meninos contra a Espanha (nas penalidades) foi importante, tirou o peso da cobrança da eliminação da equipe principal na Copa América, vai dar tranquilidade aos atletas. Hoje, a maioria dos representantes do time sub-20 são titulares, experientes e podem chamar a responsabilidade em uma decisão", confia Roger, que também ficou famoso por posar sem roupa em uma revista voltada ao público homossexual.

Fonte: Gazeta Esportiva
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