Neymar enaltece gremista e diz ter "pedacinho" de título Sub-20
21 ago2011 - 00h55
(atualizado às 01h41)
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Neymar nem esperou o árbitro apitar o final de jogo e comemorou pelo Twitter a conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira Sub-20 após a vitória dramática por 3 a 2 sobre Portugal na decisão do torneio, na Colômbia.
O astro do Santos homenageou um jogador que é pouco percebido: o volante Fernando, do Grêmio. "Joga muito, corre por uns cinco", comentou o jovem, 19 anos, em seu perfil oficial. "Alguém tem que carregar o piano né!", emendou.
Feliz com a conquista, Neymar ainda disse ter direito à parcela do troféu. Ele só não foi para a Colômbia após decisão conjunta do técnico Ney Franco, da Sub-20, e Mano Menezes, da principal. O atacante já ficou um mês afastado de seu clube por ter disputado a Copa América na Argentina.
"Parabéns Ney Franco e molecada. Também tenho um pedacinho, hein? Vocês merecem", afirmou o jogador, que fez parte do grupo de Ney Franco no Sul-Americano Sub-20, no Peru, no início do ano, cujo o título garantiu ao Brasil a vaga nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
Mano
Quem também usou o Twitter para comemorar a conquista foi Mano Menezes, que acompanhou a final no Estádio El Campín, em Bogotá. "Brasil é Penta!! Parabéns a todo esse grupo, que com muito trabalho e dedicação conquistou esse merecido título", escreveu.
"Em torneios de base é melhor revelar jogadores do que ganhar títulos". A máxima muitas vezes foi contrariada pelo Brasil em Mundiais Sub-20. Às vésperas da decisão que pode nos dar o 5º troféu, o Terra lista promessas que se destacaram no torneio, mas não vingaram na carreira. Um exemplo é Caio Ribeiro, hoje comentarista: melhor jogador em 1995, ele foi vendido para a Inter de Milão como craque, porém poucas vezes se firmou como titular nos clubes em que jogou
Foto: Gazeta Press
O Brasil foi campeão do Mundial Sub-20 em 1993 com jogadores que tiveram grande futuro, como Dida e Jardel. O Bola de Ouro na competição, no entanto, jamais confirmou a expectativa formada após grandes atuações no torneio. Adriano foi vendido pelo Guarani para o futebol suíço, onde deveria amadurecer para depois brilhar em centros maiores. Não foi assim: bom cobrador de falta, mas irregular, chegou a jogar em São Paulo e Atlético-MG, mas fez carreira em clubes menores
Foto: Gazeta Press
Catê foi outro a brilhar em 1993, quando o Brasil foi campeão mundial na Austrália. Seu apelido era uma abreviação da palavra "categoria" e integrou grupo do São Paulo, que, com um "expressinho" de juniores, conquistou a Copa Conmebol em 1994, revelando Rogério Ceni, Denilson, Juninho Paulista e até de Muricy Ramalho como treinador. Mas Catê nunca passou de uma promessa. Chegou a jogar na Sampdoria e é lembrado na Itália por gols bisonhamente perdidos
Foto: Gazeta Press
Apesar da baixa estatura, Perdigão surgiu como promessa no Mundial de 1997, quando o Brasil foi eliminado pela campeã Argentina. Com o passar dos anos, o volante, revelado pelo Paraná, integrou grupos vencedores, como o do Inter de 2006, campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes, e o Corinthians de 2008, campeão da Série B. O jogador, porém, se acostumou a ocupar o banco de reservas e criou fama de folclórico, pelo jeito extrovertido e as longas madeixas
Foto: Gazeta Press
Titular nas Copas de 2006 e 2010, Juan deu seus primeiros passos com a camisa da Seleção no Mundial Sub-20 de 1999, na Nigéria. Seu companheiro de zaga na oportunidade não foi tão bem sucedido na carreira: Fábio Bilica foi vendido pelo Bahia para o futebol italiano, onde rodou por clubes medianos. Em 2004, retornou ao Brasil e participou do rebaixamento do Grêmio, voltando em baixa para a Europa. Chegou a jogar no futebol romeno e está desde 2009 no Fenerbahce, da Turquia
Foto: AFP
Aos 20 anos, Pinga conseguiu a honra de ser ídolo de um dos clubes mais tradicionais da Itália, o Torino, mas sua carreira não foi além. Um dos destaques da Seleção no Mundial Sub-20 de 2001, disputado na Argentina, o meia, mais conhecido na Europa, tentou sucesso no futebol brasileiro em 2006, quando se transferiu para o Inter. Com poucas chances, no entanto, ele se transferiu para o Oriente Médio no ano seguinte e lá segue até hoje
Foto: AFP
Na geração do último título mundial Sub-20 do Brasil, conquistado em 2003, o lateral direito Coelho, do Corinthains, era um dos mais promissores. Com personalidade, o garoto ganhou a titularidade e ficou três anos no clube alvinegro, antes de se transferir para o Atlético-MG. Em Belo Horizonte, ficou famoso por agredir o cruzeirense Kerlon, outra jovem promessa perdida do futebol brasileiro, que tentara o "drible da foca" em um clássico. Hoje atua no Karabükspor, da Turquia
Foto: AFP
De contratação da Juventus da Turim ao futebol romeno em seis anos. Em 2005, quando disputou o Mundial Sub-20, Gladstone era visto como um talento precoce, que, apesar da idade, já mostrava maturidade na zaga cruzeirense. Após ser vendido para Itália, no entanto, o jogador virou um cigano do futebol. Rodou por diversas equipes, entre elas Palmeiras, Portuguesa e Náutico, e hoje atua no FC Vaslui, da Romênia
Foto: AFP
Já decadente após ser um dos maiores times do Brasil no início dos anos 2000, o São Caetano reviveu momentos de glória em 2007, quando foi vice-campeão Paulista e revelou um jovem meia que chamou a atenção do País. Leandro Lima foi eleito destaque do Mundial Sub-20 de 2007, ao lado do argentino Di María, hoje no Real Madrid. Vendido ao Porto, o garoto não conseguiu se firmar e foi emprestado para times menores de Portugal. Atualmente joga no Avaí
Foto: AFP
Camisa 9 e artilheiro da Seleção Sub-20 que foi vice-campeã mundial em 2009, Alan Kardec não conseguiu se firmar em nenhuma equipe desde que deixou o Vasco. Pouco aproveitado no Inter de Porto Alegre e no Benfica, o atacante recentemente foi negociado com o Santos, onde tenta resgatar os bons momentos do início da carreira