Mazembe desmonta Inter, repete dancinhas e faz história
14 dez2010 - 16h03
(atualizado às 17h43)
Compartilhar
Fábio de Mello Castanho
Direto de Abu Dhabi
E o temido dia para sul-americanos ou europeus chegou. E quem vai ser lembrado para sempre por ter fracassado pela primeira vez antes de uma decisão de Mundial de Clubes será o Internacional, que foi desmontado por sua incompetência nas finalizações e pelo futebol competitivo do Mazembe, autor da façanha.
O placar de 2 a 0 no Estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi, entrará para a história como o dia em que o futebol africano mostrou que, se não está no mesmo nível, pode brigar de igual para igual com qualquer equipe do mundo. E vencer com um jogo ainda alegre e veloz, só que adicionado a uma marcação implacável e rigor tático antes esquecido.
Se foi pior nos números no primeiro tempo e sofreu pressão do Internacional, o Mazembe mostrou maior controle emocional e dominou o segundo tempo. Foi para o ataque, marcou o primeiro com Kabangu em um belo chute no ângulo e não se apequenou. Em vez de segurar o resultado, continuou sendo agressivo e foi premiado com o segundo, marcado por Kaluyituka.
A seriedade só foi quebrada no momento dos gols. As dancinhas, que já entraram para a antologia do torneio, voltaram com força total. O goleiro Kidiaba quicou pelo campo no primeiro, no segundo e no apito final. E a dança tem tudo para virar moda na República Democrática de Congo, país que pode viver sua maior glória esportiva no sábado.
Para isso, terá de passar pela final, que pela lógica tão frágil do futebol seria contra a Inter de Milão. O técnico Rafa Benitez esteve no estádio para observar o time xará, mas terá trabalho extra para arrumar um antídoto contra a sensação Mazembe. Isso se conseguir passar pelos sul-coreanos do Seongnam na quarta. Porque o Mundial de Clubes está provando que favoritismo no futebol é muito traiçoeiro.
Mazembe, de Kabangu, conseguiu o que parecia impossível e eliminou o Internacional
/images.terra.com/2015/05/21/internacional.png "Logo do Internacional")
