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Mundial de Clubes

Após vitória, Muricy se irrita com críticas à defesa e prevê melhora

14 dez 2011 - 11h12
(atualizado às 11h40)
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Celso Paiva
Direto de Toyota (Japão)

Em português, inglês e até japonês o tom das perguntas na entrevista coletiva de Muricy Ramalho nesta quarta-feira foi o mesmo: os jornalistas queriam saber o que o treinador pensava após o grande número de chances de gol criadas pelo Kashiwa Reysol durante a primeira semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, vencida pelo Santos por 3 a 1. A repetição das questões chegou a irritar o técnico, que ao final admitiu os erros de seu time e projetou uma melhora na marcação em uma eventual final no próximo domingo contra o Barcelona.

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"É que no Brasil é assim: se você dá muita importância ao sistema defensivo existe a crítica de que a gente não vai muito ao ataque; quando dá mais importância ao ataque existe a crítica da defesa, então a gente tem que fazer o que acha melhor", afirmou Muricy, na resposta mais ríspida de toda a entrevista.

Naquele momento, as perguntas sobre o domínio do Reysol especialmente no segundo tempo do encontro já vinham se repetindo. Em um dado momento, um repórter japonês quis saber do treinador se Neymar não deveria ter ajudado no combate ao lateral direito Hiroki Sakai, principal destaque do Kashiwa no ataque e autor do gol da equipe.

"Ele (Neymar) tem que jogar livre como jogou - é desa maneira que se dá melhor. Pela direita quem tinha de marcar era mais o Arouca. Era uma situação já falada, porque o Sakai é um jogador que ataca muito, mas não posso colocar o Neymar para marcar o Sakai", disse Muricy, comentando ainda a participação do zagueiro Durval improvisado na lateral esquerda. "O lado direito deles é forte e nós sabíamos. Realmente no segundo tempo ele sentiu um pouco de dificuldades com o Sakai no ataque".

O domínio do Reysol foi flagrante especialmente no segundo tempo. O clube teve 52% da posse de bola em todo o encontro e arriscou 14 chutes, contra oito do Santos. "É um bom time, organizado, que não é campeão (japonês) por acaso", resumiu o treinador, que só depois de muita insistência reconheceu, na última resposta da entrevista, as falhas da defesa brasileira.

"Acho que são oportunidades que não estamos acostumados a ceder. Realmente não marcamos bem hoje (quarta)", afirmou o técnico, que nesta quinta observará atentamente a partida entre Al-Sadd, do Catar, e Barcelona - para a qual ele admite que há um claro favorito. "A dificuldade com o Barcelona é bem maior porque a qualidade individual deles é superior à do time japonês. Com certeza não devemos marcar do jeito de hoje. Tem que melhorar bastante".

Autor do gol do Kashiwa na derrota para o Santos, Sakai despertou preocupação de Muricy
Autor do gol do Kashiwa na derrota para o Santos, Sakai despertou preocupação de Muricy
Foto: Reuters
Fonte: Terra
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