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Com futuro incerto, Guerrero celebra dois anos de heroísmo

16 dez 2014 - 08h20
(atualizado às 09h00)
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Paolo Guerrero já se acostumou a ver um enorme painel com a sua imagem toda vez em que entra em campo no CT Joaquim Grava. Trata-se de uma representação do gol marcado por ele na vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea, em 16 de dezembro de 2012, há exatos dois anos.

O lance mudou a vida de Guerrero. Contratado após a conquista da Copa Libertadores da América daquele ano, o centroavante conta que já sonhava com o feito antes da viagem ao Japão, durante a sua recuperação de uma lesão no joelho. Ele seguiu focado até o destino final, apesar de ter ganhado mais um motivo para temer viajar de avião - uma fresta se abriu em uma das portas da aeronave que transportava o Corinthians, passada a conexão em Dubai. "Jogou pra c...", como disse antes e depois da vitória sobre o Chelsea, e marcou os dois gols corintianos no torneio.

Guerrero com troféu de terceiro melhor jogador do Mundial de Clubes 2012; para corintianos, ele foi o número um
Guerrero com troféu de terceiro melhor jogador do Mundial de Clubes 2012; para corintianos, ele foi o número um
Foto: Michael Regan/Fifa / Getty Images

A partir de então - diferentemente do que ocorreu com outros heróis do Mundial de Clubes, como o então colorado Adriano Gabiru -, Guerrero continuou a dar justificativas para ser alçado ao patamar de ídolo. Firmou-se como principal jogador do time sob o comando de Mano Menezes em 2014 e voltará a trabalhar com Tite em 2015. Só não sabe até quando.Os gols fizeram Guerrero também se valorizar. De férias no Peru no período em que comemora o segundo aniversário do bicampeonato mundial do Corinthians, o centroavante pede alto para renovar o seu contrato, com validade até 15 de julho de 2015. Ele contratou os empresários Bruno Paiva, Marcelo Goldfarb e Marcelo Robalinho para conseguir convencer a diretoria a lhe pagar luvas milionárias para permanecer.

Guerrero ao menos garante que não defenderá um clube no Brasil que não seja o Corinthians - embora o Internacional seja um dos interessados em sua aquisição. O peruano se diz completamente identificado com o time do qual se tornou herói. E ainda aguarda o agendamento de uma data para colocar os seus pés na Calçada da Fama do clube - o molde já foi até preparado -, ao lado do goleiro Cássio.

Há pouco menos de dois anos, quando retornou do Japão para o Brasil, Guerrero ainda não se via como ídolo do Corinthians e falava à Gazeta Esportiva com empolgação sobre a possibilidade de ser lembrado no museu do Parque São Jorge: "P...! Seria lindo.

"Àquela época, ele também comentava mais os seus feitos no Japão do que o seu futuro profissional. "A gente tinha a consciência de que precisava dar felicidade para os 30 milhões de corintianos que estavam torcendo por nós. Foram uns 50 mil torcedores para lá. Tudo isso influenciou para que a gente se matasse dentro de campo", recordava Paolo Guerrero, o único daquele time que se imortalizou em um mural no CT Joaquim Grava.

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