Destaque da vitória do Monterrey, do México, por 3 a 1 diante do Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, nas quartas de final do Mundial de Clubes da Fifa, o argentino César Delgado celebrou os dois gols marcados diante dos coreanos e planeja a partir de agora a "partida mais importante da vida" contra os ingleses do Chelsea, na semifinal do torneio continental.
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"Estou muito feliz pela minha atuação e dos meus companheiros. Foram gols importantes, tanto quanto a vitória, e vejo como uma revanche por tudo o que aconteceu no ano passado, quando não conseguimos passar", afirmou o argentino, sobre a eliminação diante do Kashiwa Reysol, do Japão, no Mundial do ano passado. "Foi uma recompensa por todo o trabalho que fizemos", completou.
Na próxima quinta-feira, em Yokohama, o Monterrey terá pela frente o Chelsea no que Delgado considerou "um jogo que jamais imaginei que fosse ter na minha carreira". "Podemos fazer história se passarmos, por mais que sabemos que será uma partida muito complicada", ressaltou.
Nas nove edições da competição organizada pela entidade máxima do futebol, nenhum clube da Concacaf conseguiu disputa uma final, fato que só reforça a concentração dos mexicanos para o confronto com os campeões europeus. "Eles atuam muito bem pelas laterais, e, claro, têm jogadores muito qualificados. Temos que jogar com serenidade, tranquilos, fazendo o nosso melhor", prosseguiu.
O Chelsea, que desembarcou somente neste domingo para o Mundial da Fifa, não deverá sofrer com o desgaste da viagem a ponto de isso ser uma vantagem para o clube mexicano, na opinião de Delgado. "Não acredito mesmo nisso. Vamos ter que fazer uma partida diferente, com mais cautela, mas sem deixar nosso estilo de jogo do lado. Temos que pensar que essa pode ser a grande oportunidade de nossas carreiras", finalizou o atacante.
Em meio ao frio intenso, à mão inglesa nas ruas e à culinária exótica que marcam o Japão, bairro em Toyota tem placas em português e concentra brasileiros: é Homi Danchi, conhecida como "Cohab brasileira" na cidade
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Estima-se que mais de cinco mil brasileiros vivam na comunidade da cidade, onde Corinthians jogará na semifinal do Mundial
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Em Homi Danchi, todas as placas têm instruções em português, é fácil encontrar nas bancas gibis da Mônica e revistas brasileiras, cartazes espalhados divulgando as baladas da semana, feijão em fartura e até picanha
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Apelido de Cohab brasileira" no Japão vem do fato de conjunto de 67 prédios - todos com apartamentos de espaço reduzido, com mais de dez habitações por andar (o número varia entre cada edifício) - em muito se assemelha aos conjuntos habitacionais difundidos pelo Brasil, principalmente em SP
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Por lá, vivem muitos brasileiros que chegam ao Oriente em busca de uma melhor condição de vida e veem no "Rômi", como é mais conhecido o local, oportunidade certa para juntar dinheiro necessário para ter um carro próprio e realizar o sonho da casa própria no Brasil
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"Por isso que brasileiro quando chega no Japão quer morar aqui, onde todo mundo fala português, tem acesso a produtos que o deixam perto de casa. Tudo isso ajuda a matar a saudade", explica Paulo César Santos, paulista que mora há sete anos na comunidade
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A convite de Ronaldo Ihigashi, morador da Homi Danshi e corintiano, corintianos têm se concentrado nos prédios esperando pelo Mundial de Clubes; todos ajudam no almoço, no supermercado e nas tarefas diárias do apartamentotos
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"Aquí todo mundo fala portugués", alerta Roberto Inoue, paulista, dono de uma lanchonete que faz misto quente e vende esfiha
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Roberto Inoue cobra "módicos" 300 ienes (R$ 9, sendo que ele paga pela importação dos produtos, como a carne) pelo salgado feito com muito carinho"
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"Vai lá, conta para os seus leitores que bem longe, mas bem longe mesmo como diz a música, existe um pouquinho de Brasil, iá, iá", diz Inoue
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Além de possuírem, gratuitamente, um sistema de van, que leva os operários brasileiros diretamente para as fábricas, quem vive no Homi Danchi ainda tem a oportunidade de pagar um aluguel muito mais em conta num país onde tudo custa "os olhos da cara"
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Conjunto é dividido entre os apartamentos Kodan (42 edifícios), cujos aluguéis têm preço médio de 55 mil ienes (R$ 1650), e são todos particulares (da Agência Nacional de Planejamento Urbano - UR Toshi Kiko), com contrato via imobiliária
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Chamados "Ken-ei", pertencentes ao governo de Aichi que, a partir de um atestado de baixa renda e certificação de que os postulantes possuem crianças para criar e sustentar, mesmo a distância, os concede por irrisórios 6.500 ienes (R$ 195)
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Pelos elevadores dos prédios, "jeitinho brasileiro" consegue emitir som de rádios do Brasil captadas pela internet
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Da sacada do apartamento, é possível avistar o Estádio de Toyota, onde na próxima quarta-feira todos estarão juntos para acompanhar a estreia corintiana no Mundial
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Pelos estabelecimentos da região, camisas e outros itens do Corinthians fazem sucesso às vésperas do Mundial
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Em dezembro, segundo moradores (e torcedores), região de Homi Danchi se transformará com a concentração de corintianos
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Luciano França, há 11 anos na "Cohab nipônica", comemora: após muito trabalho, enfim, possui há 18 meses o próprio salão de beleza
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Natural de Registro (SP), Luciano comemora o fato de que "aqui a gente faz preço que as pessoas possam pagar"
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Serviços na Homi Danchi têm preços inferiores aos de outras regiões. São os casos de agências de turismo, locadoras e escolas de música e aulas de reforço de português, para que as crianças não esqueçam a língua
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Pelas paredes da comunidade, até mesmo cartazes divulgam eventos para os brasileiros da região
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Região de Homi Danchi reúne brasileiros há décadas na cidade de Toyota
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Cidade de Toyota, onde fica Homi Danchi, receberá quatro partidas pelo Mundial de Clubes 2012, sendo as últimas delas no dia 12
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Produtos de origem brasileira são muito procurados pelos moradores da Homi Danchi
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Estreia do Corinthians no Mundial será em 12 de dezembro, contra o vencedor do jogo entre Sanfrecce Hiroshima (Japão) e Al Ahly (Egito)