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Expulso, Ronaldinho sai de campo aplaudido de pé; árbitro é vaiado
A torcida marroquina não cansou de expressar idolatria por Ronaldinho neste sábado, durante a disputa do terceiro lugar do Mundial de Clubes. O camisa 10 do Atlético-MG, que ganhou carinho do público local durante toda a estadia no país africano, deixou o campo no segundo tempo após receber o cartão vermelho e ainda assim foi ovacionado pela torcida local, que aplaudiu o brasileiro de pé.
Disparadamente o jogador atleticano mais conhecido pelo público em Marrakech, Ronaldinho era aplaudido cada vez que se aproximava das arquibancadas do Grand Stade para cobrar escanteio. Ele retribuiu esse carinho com um belo gol de falta aos 46min, que empatou a partida por 2 a 2. Comemorou, aliviado. Sambou e teve a bela finalização retribuída pelos fãs.
No segundo tempo, com jogadas de efeito e alguns dribles sobre marcadores, Ronaldinho seguiu encantando os marroquinos - ainda que as jogadas que o camisa 10 criou não tenham sido lá muito decisivas.
Aos 42min da etapa final, porém, o meia caiu após uma dividida e ficou com a bola presa entre as pernas. Xuri Zhao tentou um chute para desarmar Ronaldinho, mas acabou acertando o brasileiro. O veterano revidou tentando agredi-lo, mas foi flagrado pelo árbitro egípcio Essam El-Din Ahmed.
O árbitro sacou o cartão vermelho e expulsou Ronaldinho, mas ganhou uma vaia bastante alta do público no estádio. Não apenas atleticanos. Os marroquinos gritaram o nome do brasileiro e ficaram de pé para aplaudir o camisa 10 enquanto ele saía de campo.
Ronaldinho não pôde contribuir para o gol de Luan, nos acréscimos, que decretou a vitória por 3 a 2 sobre o Guangzhou Evergrande e garantiu o Atlético-MG na terceira posição do Mundial. Mas os marroquinos comemoraram, ainda assim. O Raja Casablanca, que havia celebrado a vaga na final ao eliminar a equipe brasileira, mostrou carinho. "Mineiro, mineiro, mineiro", repetiram os africanos.
Ronaldinho, talvez mais querido no Marrocos do que o argentino Lionel Messi segundo alguns moradores locais, deixou o Mundial com dois gols marcados - ambos de falta. Sem título, sem um futebol decisivo. Mas fez a alegria da população.
