Inter de Milão usa "espírito sul-americano" e afasta desinteresse
- Fábio de Mello Castanho
- Direto de Abu Dhabi
Com oito sul-americanos entre os 23 jogadores que viajaram para Abu Dhabi, a Inter de Milão disputará o Mundial de Clubes com um espírito latino. A metáfora foi usada na entrevista de boas-vindas do time italiano para evitar qualquer insinuação de menos interesse dos europeus em relação ao torneio.
É perceptível que, durante muitos anos, os sul-americanos davam maior importância ao Mundial do que os participantes do continente rival. A lembrança faz com que até hoje esta comparação venha à tona a cada edição.
"Nosso time tem muitos jogadores da sul-americanos e também queremos ganhar", disse o colombiano Ivan Córdoba, após a clássica pergunta recebida e repassada pelo técnico Rafa Benítez.
O treinador já esteve no Mundial de Clubes em 2005, quando dirigia o Liverpool. Perdeu para o São Paulo na decisão e hoje deixou nas entrelinhas que faltou maior interesse dos ingleses pela competição.
"O que eu posso dizer é que estamos focados e com o espírito certo", disse, sobre as lições que tirou da derrota por 1 a 0 para o São Paulo em 2005. "É muito importante para a equipe e para o clube ser campeão", completou.
O "espírito sul-americano" prometido por Córdoba pôde ser comprovado nas palavras do defensor. "Disputar o Mundial é como um sonho para mim", disse o colombiano, que tentará ajudar a Inter a ser tricampeã mundial. O clube ganhou em 1964 e 1965 quando o título era decidido apenas em confronto entre sul-americanos e europeus.
Além de Córdoba, o esquadrão latino da Inter conta com os brasileiros Júlio César, Thiago Motta, Lúcio e Maicon e os argentinos Javier Zanetti, Esteban Cambiasso e Diego Milito. O time estreia na quarta-feira contra o vencedor de Al-Wahda e Seongnam.