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Mundial de Clubes

Polêmico na Copa, "padrão FIFA" passa longe do Mundial

21 dez 2014 - 11h19
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Torcedores enfrentaram trânsito para chegar à final do Mundial de Clubes
Torcedores enfrentaram trânsito para chegar à final do Mundial de Clubes
Foto: Ulisses Neto / Especial para Terra

O caderno de encargos que a FIFA impõe às sedes de uma Copa do Mundo se transforma, na prática, em um mero panfleto quando o assunto é o torneio para clubes. No Mundial que reúne equipes dos cinco continentes - sediado pela segunda vez consecutiva no Marrocos - vale praticamente toda a sorte de improvisos.

Os problemas se acumularam no torneio de 2014, que durou dez dias e foi realizado nas cidades de Rabat e Marrakech. A começar pela transferência da semifinal disputada por Real Madrid e Cruz Azul.

O jogo marcado para a capital marroquina teve que ser realizado em Marrakech depois que uma forte tempestade deixou o gramado sem condições de receber a partida. A confirmação da mudança de sede foi feita pela FIFA cerca de 48 horas antes do confronto.

Dessa forma, torcedores, imprensa e jogadores tiveram que se deslocar às pressas – as duas cidades ficam a cerca de 320 km de distância – para poder acompanhar a estreia da equipe espanhola na competição. O estádio de Marrakech, que acabou sediando todos os outros confrontos a partir disso – de fato tinha estrutura muito superior ao da capital Rabat.

Ainda assim, as dificuldades continuaram. Não há transporte público entre o centro da cidade e o estádio. O resultado foram longas filas de congestionamento na rodovia que atende o local das partidas, sobretudo nos jogos do Real Madrid. Para chegar no Grand Stade de Marrakech era preciso ter paciência e viajar com carro particular ou táxi.

Trânsito nos arredores de estádio em Marrakech
Trânsito nos arredores de estádio em Marrakech
Foto: Ulisses Neto / Especial para Terra

Muitos torcedores decidiram ir a pé até as partidas para fugir do trânsito. Nesse caso, era preciso caminhar alguns quilômetros pelo acostamendo da estrada, literalmente com o pé no barro.

Dentro do estádio, alguns problemas muito semelhantes aos enfrentados no Brasil. A conexão 3G de telefonia celular era falha e nem sinal de internet wi-fi nas arquibancadas, tampouco nas áreas reservadas para a imprensa. Poucos fiscais e voluntários da FIFA falavam mais do que árabe e a falta de sinalização causou alguns pequenos tumultos nas arquibancadas.

Os ‘pontos cegos’ – que inexistem nos estádios com padrão para Copa do Mundo – também atrapalharam torcedores e jornalistas em Marrakech. E até o Centro de Mídia apresentou diversas falhas. Os monitores que transmitem as partidas para os profissionais que não têm acesso ao campo só começaram a funcionar no dia da final.

A conexão de internet funcionava precariamente. A título de comparação, a velocidade de upload durante a Copa na Arena Corinthians chegava a 100/mbps. Em Marrakech, dificilmente ultrapassava 0.7/mbps.

A partir do ano que vem o Mundial de Clubes deve retornar ao Japão. A Índia também pleiteava o direito de sediar o torneio, mas acabou desistindo ao alegar falta de estrutura para receber o evento.

Fonte: Especial para Terra
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