PUBLICIDADE

Mundial de Clubes

San Lorenzo sofre, mas avança no Mundial e dá presente ao papa

17 dez 2014 - 20h11
Compartilhar

No dia do 78º aniversário do papa Francisco, o San Lorenzo teve mais dificuldades que o esperado, mas deu um presente a seu torcedor mais ilustre ao vencer o Auckland por 2 a 1 na prorrogação nesta quarta-feira em Marrakech e se classificar para a final do Mundial de Clubes.

Bastante nervoso, o campeão da Taça Libertadores até abriu o placar, nos acréscimos da primeira etapa, com gol de Barrientos. No entanto, Barlenga deixou tudo igual depois do intervalo e provocou a realização de prorrogação, em que Matos resolveu para o 'Ciclón'.

O Estádio de Marrakech se vestiu de vermelho e azul, com milhares de argentinos presentes. A festa foi bonita, com direito a bandeirão, a "decime qué si siente", cântico que ficou famoso durante a Copa do Mundo deste ano, no Brasil, e a torcedor vestido como o aniversariante.

Classificado de forma suada, o "time do papa" precisará ter uma atuação melhor no próximo sábado para ficar com o título, já que terá pela frente o Real Madrid. Na terça-feira, o campeão europeu goleou o Cruz Azul, que será adversário do Auckland na disputa pelo terceiro lugar.

Para a equipe da Oceania, que é semiprofissional, a derrota não serviu para estragar uma campanha histórica. Recordista de participações no torneio, com seis, o Auckland foi às semifinais pela primeira vez, depois de ter eliminado o anfitrião Moghreb Tétouan nos pênaltis e o ES Sétif, da Argélia, com um triunfo por 1 a 0.

Edgardo Bauza, que foi vice-campeão mundial em 2008 à frente da LDU de Quito, teve apenas uma dúvida para escalar o San Lorenzo. Yepes se recuperou de dores no tornozelo esquerdo e formou dupla com Kannemann, enquanto Cetto, que vinha tendo problemas na panturrilha esquerda, ficou na reserva. No Auckland, Ramon Tribulietx repetiu os titulares da estreia e das quartas.

O 'Ciclón' acusou o nervosismo e teve dificuldades para criar no começo do jogo. A primeira chance apareceu aos sete minutos de bola rolando, quando Kalinski escorou de cabeça um cruzamento da direita. Bem colocado, o goleiro Williams defendeu.

A partida era trunca e equilibrada, e o representante da Oceania também atacava. Aos 11 minutos, Tade tirou a marcação pelo meio, quase na meia lua, e chutou forte por baixo. Torrico caiu e segurou.

Com problemas para entrar na área, o San Lorenzo incomodou na bola parada, aos 20. Ortigoza bateu da esquerda e Williams pegou mais uma. Um minuto depois, Cauteruccio acelerou pela direita e procurou um companheiro dentro da área, mas, sem opções, chutou forte e obrigou o arqueiro neozelandês a rebater. A zaga completou o serviço.

Uma cobrança de falta foi novamente o recurso, aos 30 minutos, quando Verón foi derrubado a um passo da grande área. Barrientos então teve boa oportunidade, mas encobriu o alvo.

O jogo caminhava para um empate no intervalo, até que Más quebrou a inércia e criou o primeiro gol da partida. O lateral foi acionado na esquerda, foi ao fundo e levantou na segunda trave até Barrientos, que dominou e chutou no canto esquerdo baixo.

Isolado na frente, Cauteruccio se virava como podia no ataque do 'Ciclón'. O centroavante se livrou de três marcadores, mas não conseguiu progredir ao receber o combate de Irving.

O segundo tempo foi ainda menos empolgante, e o time argentino voltou a levar perigo apenas aos 16, em mais uma cobrança de falta. Kalinski foi derrubado, Barrientos levantou e Kannermann completou de cabeça para fora.

O nível da exibição do San Lorenzo foi ficando cada vez pior, graças em boa parte ao nervosismo, e o time deu sopa para o azar. Tadic, argentino semiprofissional, descolou ótimo passe e deixou De Vries na cara do gol. Ele dividiu com Torrico e, na sobra, Berlanga empatou mesmo com pouco ângulo empatou em 1 a 1, aos 22 minutos.

O campeão da Libertadores se viu obrigado a sair para o jogo, inclusive com a entrada do experiente Romangnoli, e Cauteruccio quase marcou um gol de placa aos 30. O atacante deu um lençol em Dordevic e, com um lindo chute, acertou a trave.

O problema de se lançar ao ataque era deixar a defesa desguarnecida, como aconteceu logo em seguida, aos 31. No três contra um, Tade recebeu livre de frente para Torrico e teve tudo para virar a partida, mas pegou mal na bola e isolou.

As duas últimas boas jogadas do tempo normal surgiram em passes de Romangnoli. Aos 42 minutos, o camisa 10 bateu escanteio e Yepes cabeceou mal; aos 47, ele esticou da ponta direita e o goleiro se antecipou a Cauteruccio.

A prorrogação foi menos tensa do que poderia ter sido porque o San Lorenzo marcou um gol logo aos dois minutos. Romangnoli lançou para a área, Matos escorou de cabeça, a zaga afastou mal e o próprio centroavante, que entrara em lugar de Kalinski, pegou firme e desempatou.

Semiprofissional e fazendo sua terceira partida no Mundial, enquanto o adversário estreva, o Auckland acusou o cansaço. Aos dez minutos, Cauteruccio ficou de frente para Williams, mas concluiu em cima dele.

Na segunda etapa da prorrogação, o time da Oceania ainda deu um último susto na torcida que era maioria no estádio. Aos sete minutos, depois de confusão na área do San Lorenzo, Payne ficou com a sobra e chutou rasteiro, acertando o pé da trave direita.

Ficha técnica:.

San Lorenzo: Torrico; Buffarini, Yepes, Kannemann e Más; Ortigoza (Quignón), Mercier e Kalinski (Matos); Verón (Romagnoli) e Barrientos; Cauteruccio. Técnico: Edgardo Bauza.

Auckland City: Williams; Berlanga, Irving, Dordevic (Issa) e Iwata; Vicelich, Bilen e Payne; De Vries, Tade (Browne) e Tavano (Burfoot). Técnico: Ramon Tribulietx.

Árbitro: Benjamin Williams (Austrália), auxiliado por seus compatriotas Matthew Cream e Paul Cetrangolo.

Cartões amarelos: Mercier, Kannemann, Ortigoza, Barrientos e Buffarini (San Lorenzo); Dordevic, Bilen e Berlanga (Auckland).

Gols: Barrientos (San Lorenzo); Barlenga (Auckland).

Estádio de Marrakech (Marrocos).

EFE   
Compartilhar
Publicidade