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Na base do contra-ataque, Real vence Barça e vai à final da Copa do Rei

26 fev 2013 - 19h04
(atualizado às 19h11)
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Com a estratégia de dar campo ao adversário e aproveitar o espaço deixado na defesa rival, o Real Madrid derrotou o Barcelona por 3 a 1 nesta terça-feira, em pleno estádio Camp Nou, e se classificou para a final da Copa do Rei, em que terá pela frente o Atlético de Madrid ou o Sevilla.

Como sempre acontece, o Barça teve maior posse de bola, mas dois contra-ataques bem encaixados, um em cada tempo, e um apagão da defesa adversária em um escanteio foram suficientes para a equipe da capital espanhola se colocar em vantagem.

E, no duelo particular entre os melhores do mundo, Cristiano Ronaldo levou a melhor sobre Lionel Messi, marcando dois dos gols do clássico. O outro do Real foi de Varane, e Alba descontou.

O 0 a 0 favorecia os donos da casa, que obtiveram um empate em 1 a 1 no Santiago Bernanbéu na ida. Contudo, o time de Madri foi bem melhor, construiu o placar elástico e agora espera a definição da outra semifinal, que acontecerá nesta quarta-feira, em Sevilha. No primeiro jogo, o Atlético bateu o Sevilla por 2 a 1. A final acontecerá apenas em 18 de maio, ainda sem local definido.

E não haverá muito tempo para comemorações ou lamentações, já que as duas maiores equipes da Espanha se reencontrarão já no próximo sábado, no Bernabéu, pela 26ª rodada do Campeonato Espanhol.

Ainda no banco como técnico interino em lugar de Tito Vilanova, Jordi Roura manteve o time considerado titular do Barça. A exceção, como vem acontecendo na Copa do Rei, foi a escalação de Pinto no lugar de Victor Valdés no gol.

Já José Mourinho surpreendeu na defesa e no ataque. Autor do gol do Real no confronto de ida, Varane ganhou a vaga de Pepe na zaga, e, na frente, Higuaín levou a melhor na briga por posição com Benzema. No meio-campo, havia a possibilidade de Kaká começar jogando, mas o brasileiro ficou no banco.

A partida foi assistida 'in loco' pelo técnico do Manchester United, Alex Ferguson, que "espionou" o time visitante, adversário dos ingleses nas oitavas de final da Liga dos Campeões.

O Barça poderia ter aberto o placar logo com um minuto de partida. Após receber lançamento na direita, Pedro dominou e cruzou rasteiro para Messi. De pé direito, o argentino finalizou e tirou tinta da trave.

O vacilo da defesa já no início foi uma exceção. Embora a equipe catalã tivesse o controle da bola, os madrilenhos não permitiam a aproximação do adversário da área. E, no primeiro bom contra-ataque que encaixou, a equipe visitante fez 1 a 0.

Aos 12 minutos, Cristiano Ronaldo escapou com liberdade, pedalou para cima de Piqué e foi derrubado pelo defensor. O próprio craque português foi para a cobrança, chutou rasteiro no canto direito e converteu.

Pouco depois, aos 14, foi a vez de os donos da casa pedirem pênalti. Messi adiantou na área para Fàbregas, que tentou passar entre os zagueiros e caiu. O árbitro disse que o lance foi legal.

Chamando a responsabilidade, Cristiano era o jogador mais efetivo do Real, enquanto Messi pouco apareceu durante os 90 minutos. Aos 22, o camisa 7 foi lançado na ponta esquerda, passou por Daniel Alves e bateu rasteiro para defesa firme de Pinto.

O time anfitrião pouco fazia por merecer o empate e ainda corria riscos na defesa. Aos 27, depois de boa troca de passes, Higuaín recebeu livre de Özil e desperdiçou uma grande chance, mas a arbitragem já havia marcado impedimento.

Em uma das poucas boas descidas do ataque, o Barça não foi parado por um erro de seus jogadores ou pela marcação adversária, mas pelo árbitro, que deu uma de zagueiro. Mal posicionado, Alberto Undiano Mallenco atrapalhou Messi, que ficou sem a bola, aos 34 minutos.

Sem ser atrapalhado por Undiano, o melhor do mundo finalmente conseguiu chutar com perigo quatro minutos depois, em cobrança de falta, que raspou a trave direita de Diego López. Na sequência, aos 40, o Real respondeu também na bola parada, mas Sergio Ramos não completou o cruzamento de Özil por centímetros.

Quem precisava do resultado era o Barcelona, mas quem assutou primeiro depois do intervalo foram os madrilenhos. Xabi Alonso descolou lindo lançamento rasteiro para Coentrão, que invadiu a área com liberdade, mas bateu em cima de Pinto.

O segundo tempo era agitado, e dois minutos depois López e Arbeloa livraram o Real do empate. Após bate-rebate na área, Busquets encheu o pé e o goleiro operou um milagre. Na sobra, o lateral-direito dividiu pelo alto e afastou o perigo.

O Barça esboçava uma pressão, mas levou um balde de água fria aos 12 minutos. Khedira lançou Di María que acelerou, entortou Puyol dentro da área e finalizou. Pinto defendeu com o pé, mas, no rebote, Cristiano Ronaldo matou no peito e completou para a rede.

O 2 a 0 deixou o time da casa perdido, e prova disso foi uma saída do gol de Pinto, aos 17. Di María lançou Cristiano Ronaldo, o goleiro chegou primeiro e se enrolou todo, mas conseguiu se livrar da "bomba" que a bola se tornou em seus pés com um bico para o lado.

O golpe de misericórdia veio aos 22 minutos. Di María cobrou escanteio da direita, Varane subiu com certa liberdade no primeiro pau e, assim como na ida, deixou sua marca de cabeça.

Em manifestação de apoio, a torcida cantava em apoio à equipe local. Atendendo a um pedido vindo das arquibancadas, Roura mandou Villa a campo na vaga de Fàbregas. Tello e Thiago Alcântara entraram em seguida, mas não conseguiram mudar o panorama do clássico.

A bola ia de pé em pé no ataque dos anfitriões, que, entretanto, não mostravam motivação e objetividade. E, em mais um contragolpe, Cristiano Ronaldo quase completou um 'hat-trick', aos 37, mas Pinto fez mais uma defesa.

Ainda houve tempo para Pepe, que entrou no lugar de Özil, arrumar confusão no dia de seu aniversário. O zagueiro se enroscou com Alba e levou uma dura de Puyol, o que acirrou os ânimos.

Justamente Alba fez o gol de honra dos catalães, aos 43 minutos. O lateral tabelou com Iniesta, recebeu linda devolução no bico da pequena área e tocou rasteiro, tirando de Diego López.

Ficha técnica:.

Barcelona: Pinto; Daniel Alves, Piqué, Puyol e Alba; Busquets, Xavi (Thiago Alcântara), Fábregas (Villa); Pedro (Tello), Iniesta e Messi. Técnico: Jordi Roura.

Real Madrid: Diego López; Arbeloa, Varane, Sérgio Ramos e Fábio Coentrão; Khedira, Xabi Alonso (Essien), Özil (Pepe) e Di María; Cristiano Ronaldo e Higuaín (Callejón). Técnico: José Mourinho.

Árbitro: Alberto Undiano Mallenco, auxiliado por Roberto Díaz Pérez del Palomar e Jesús Calvo Guadamuro.

Cartões amarelos: Piqué e Puyol (Barcelona); Arbeloa (Real Madrid).

Gol: Alba (Barcelona); Cristiano Ronaldo (2x) e Varane (Real Madrid).

Estádio: Camp Nou, em Barcelona.

EFE   
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