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Na bronca! Wágner fez duras críticas à arbitragem do futebol brasileiro

8 set 2014 - 16h11
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O empate por 3 a 3 contra o Cruzeiro deixou o Fluminense na bronca. Wágner sofreu pênalti claro e nada foi assinalado. O meia do Tricolor não responsabilizou o juiz pelo resultado, mas fez críticas à arbitragem nativa:

– Atribuo o resultado a duas coisas. O Fábio estava em uma tarde iluminada. Pegou duas bolas do Conca em cima da linha que eram indefensáveis para um goleiro normal, mas ele é um arqueiro que deveria estar na Seleção há muito tempo. E não gosto de atribuir um resultado à arbitragem, mas devo lembrar que há duas rodadas somos prejudicados. Todos já foram, mas conosco tem sido consecutivo.

Questionado se as reclamações dos atletas não interferiam na qualidade da arbitragem, o jogador concordou, mas disse que os árbitros devem parar de ceder à pressão:

– Concordo. Antes do jogo, o Cristovão passa para não conversarmos com o juiz e deixarmos ele apitar. Na hora que estávamos ganhando o jogo de 2 a 1, na falta do gol do Julio, o Chiquinho, se bem me lembro, estava marcando o Marlone e ele estava de costas empurrando o Chiquinho. O bandeira estava a três metros do lance e não deu falta. O juiz estava no meio de campo, a 40 metros do lance, e deu. Tudo bem. Eu cheguei nele e falei que o bandeira não havia dado a falta. Ele perguntou se eu queria apitar o jogo. Não, não quero, só quero que a falta que dê aqui, dê para lá também. Simples. Cobrou-se a falta: segundo gol do Cruzeiro. Somos instruídos a não atrapalhar o árbitro, só que a mesma pressão que ele sofre, nós sofremos também do nosso torcedor.

O meia também citou um outro caso ocorrido em outra partida deste Brasileirão. Deu a entender que foi no jogo coontra o Corinthians, realizado em São Paulo. Ele defendeu que os juízes parassem de ser caseiros e parassem de ceder à pressão:

- Não vou citar o nome, mas um capitão de uma certa equipe chegou para o juiz e começou a apitar o jogo: "Professor, você tem que começar a dar falta para a gente". Tem juiz que é caseiro e juiz que não é caseiro. Fomos jogar contra o Corinthians e o juiz, que estava bem na partida, apitando o que era falta e o que não era, começou a dar faltinhas. Ou seja, isso vai te irritando e chega um momento que desestabiliza e acabam surgindo oportunidades de gol. Ou seja, nós temos que parar, sim, de falar com o árbitro, mas o árbitro também tem que entender que, seja onde for o jogo, tem que ser imparcial. É só isso que o jogador quer. Seria ótimo se houvesse um juiz que, ocorrendo uma falta para cartão vermelho no primeiro lance de jogo, desse o cartão vermelho, e não deixasse passar batido por ser a primeira falta. Juiz é cobrado a cada partida, jogador é cobrado... Só queremos que a regra seja aplicada. E na hora que isso começar a acontecer, pode ter certeza que jogador nenhum vai reclamar. Jogador só reclama porque tem juiz que cede à pressão. Se a equipe adversária faz pressão, por que não vou defender minha equipe?

Além do confronto com o time paulista, Wágner relatou um episódio mais recente, da partida diante do Cruzeiro, que terminou, também, na igualdade. Esta de 3 a 3, dentro do Maracanã. Ele reclamou da "compensação" das arbitragens. Segundo o jogador, os árbitros ainda deixam de tomar certas atitudes para compensar erros passados no mesmo jogo:

- Uma coisa que aconteceu na partida ontem: eu tinha dois cartões amarelos, estou pendurado, e tinha o Nilton, que fez pênalti em mim, pisou na minha panturrilha, o quarto árbitro viu e não deu nada. Gesticulei com ele, xinguei ele, ele ouviu e não me deu cartão. Falei com o juiz, mostrei as marcas da chuteira que estavam na minha panturrilha, ele viu e não me deu cartão. Xinguei ele, mas não deu. Se ele me dá cartão e eu fico de fora da próxima partida por suspensão, ele não marcaria o pênalti e eu estaria fora. Mas você pega a imagem e comprova que é pênalti. Por que na Europa, quando você comprova que o juiz errou, tem como retirar o cartão e no Brasil não tem? Eu não entendo isso. Ou seja, ele viu que errou e não me puniu por eu ter sido agressivo. Não dá para entender.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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