Neymar: um camisa 10 atuando como se fosse um 10
Quando o placar eletrônico do Maracanã apresentou Neymar à torcida, a surpresa foi geral: camisa 10. Desde que iniciou sua trajetória na Seleção Brasileira, o atacante havia usado esse número apenas num amistoso, contra a Alemanha.
Mas a surpresa em relação ao astro da equipe de Felipão não ficou apenas nisso. Assim que a bola rolou, o que se viu foi um posicionamento novo para ele, inclusive de sua longa passagem pelo Santos.
Centralizado, como acontece com os meias clássicos, como Ganso, por exemplo, Neymar virou a referência da armação das jogadas, tendo Oscar de um lado e Hulk do outro Fred, claro, mais enfiado.
Aquele atacante com liberdade pela beirada do campo, principalmente do lado esquerdo, foi vetado por Felipão. A novidade na primeira etapa deu certo. Tanto que o camisa 10 foi o protagonista da partida, não apenas da sua equipe...
Mais ou menos como ocorreu no fim de sua passagem pelo Santos, era ele quem fazia, praticamente, tudo. Neymar, carregava a bola, Neymar criava chances, Neymar batia faltas e escanteios, Neymar chutava a gol...Neymar até tentava levar a galera nas arquibancadas.
O gol não saiu, mas seu futebol chamou atenção de qualquer um que estava no Maracanã. Algo que seria bem diferente na segunda etapa do amistoso ontem à tarde;
Os ingleses, que tanto sofreram com o atacante nos primeiros 45 minutos, passaram a marcá-lo melhor, a tirar seu espaço pelo meio. Neymar não apareceu mais. Fred e Paulinho, que fizeram os gols, além de Hernanes, que entrou depois, fecharam o jogo como destaques.
A dúvida que fica é se esse novo posicionamento de Neymar, mais centralizado, sem cair tanto pelas beiradas, será repetido no amistoso contra a França, no próximo domingo, na Arena do Grêmio...