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De olho em liga própria, Koff quer agregar Série B ao C13

12 abr 2010 - 16h37
(atualizado às 21h04)
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Fernando Souza
Direto de São Paulo

Em seu primeiro pronunciamento desde que foi reeleito como presidente do Clube dos 13 (C13), nesta segunda-feira à tarde, o gaúcho Fábio Koff defendeu a expansão da entidade para clubes da Série B do Campeonato Brasileiro. Para ele, é importante que os clubes da segunda divisão nacional sejam incluídos, o que daria força ao grupo ante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e facilitaria a criação de uma liga de clubes, sonho antigo da entidade ainda não realizado.

"Prometo dois compromissos: organizar uma reunião com clubes da Série B e os clubes da Série B que estão na A (Ceará, Atlético-GO, Grêmio Prudente e Avaí, não-filiados à entidade atualmente na primeira divisão) para realizar o contrato de televisionamento da Série B com a CBF, pois não é possível uma Série B com representantes do Clube dos 13 receberem só R$ 50 mil por mês. A nossa proposta é fazer os pequenos crescerem sem enfraquecer os grandes", declarou.

Koff crê ainda que, se conseguir trazer os clubes não-filiados a seu lado, conseguirá fechar um grupo para a realização de uma liga independente da CBF. "Em curto prazo, nossa prioridade é a reforma estatutária. Se nosso discurso foi recepcionado pelos clubes da Série B, vamos adotar regras estatutárias para recebê-los. Com 40 clubes, realizar uma liga não é difícil. Difíceis são os obstáculos que a própria CBF colocou até agora", concluiu o dirigente, que embora esteja no comando da entidade desde 1996, não defende o continuísmo. Segundo ele, as regras de eleição - somente ex-presidentes dos clubes filiados podem se candidatar - dificultam a renovação.

No entanto, isso deve mudar em breve. "Vamos fazer a reforma estatutária, criar um conselho de administração corporativa. Vamos permitir que outras pessoas, que não apenas ex-presidentes dos clubes, possam ser indicados para concorrer a presidência. Criar no próprio estatuto a nomeação pela assembléia geral de comissões e diretorias tornando mais abrangente a administração."

Ainda sobre a nova liga, Koff sinalizou que ela também poderá ressuscitar os torneios regionais. "Por que não, com esses 40 clubes, retornar as ligas regionais? Por que não regionalizar as competições? A média de público nos campeonatos é muito baixa, precisa ser mais enxuto. Ao invés de 19 datas, ter uma pré temporada maior e dedicar de 12 a 14 datas para os regionais", declarou.

Com a vitória em cima da chapa apoiada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Fabio Koff não teme retaliações. Ele classificou a ação do mandatário do futebol nacional uma intervenção indevida.

"Se admitisse medidas desta natureza eu ia embora para casa e levaria todo mundo comigo. Se tememos, pelo exercício democrático, do direito de eleger a diretoria de nossa entidade, no processo mais aberto possível, se eu acreditar que isso possa acarretar alguma represália não tem porque ficar aqui, vai acabar duvidando da seriedade da disputa, do futebol, da lisura do futebol. Se eu entender coisas de outras naturezas que não sejam as do campo ou ameaças a mudar resultado não tem por que ficar aqui. Não acredito que isso ocorra", afirmou o Fabio Koff.

Fábio Koff defende inclusão de times da Série B no C13 para criação de liga própria
Fábio Koff defende inclusão de times da Série B no C13 para criação de liga própria
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fonte: Terra
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