Política, Coreia do Sul promete paz e unificação por Copa
- Fabio de Mello Castanho
- Direto de Zurique
Em um discurso político, realizado nesta quarta-feira em Zurique, a Coreia do Sul apelou pela paz com a Coreia do Norte para tentar levar a Copa do Mundo de 2022 para o país. Os sul-coreanos tentaram convencer os membros do comitê executivo de que o Mundial pode ajudar na paz e até na unificação entre os vizinhos.
"O poder do futebol pode ajudar nesta missão até a Copa em 2022. Nós vamos concentrar esforços para nos próximos anos este sonho se tornar realidade. A Coreia iniciará uma era de prosperidade e paz. Futebol é mais do que um jogo", disse o presidente do Comitê Organizador, Han Sung Joo.
A declaração vem uma semana depois de novos conflitos surgirem entre os vizinhos, após ataque dos norte-coreanos. "Um dia falei para a criança de oito anos: um dia viveremos unidos. Tivemos de novo problemas na última semana, o que demonstrou que precisamos levar reconciliação e paz ao país. Eu acredito que a Copa pode nos ajudar a isso, assim como diplomacia e política".
O dirigente comparou o duelo entre Coreias do Sul e do Norte a Barcelona x Real Madrid e disse que o povo do país é apaixonado pelo futebol. Para tentar a aproximação, até um vídeo da seleção norte-coreana, campeã do Mundial Sub-17, foi mostrado. O primeiro-ministro do país, Kim Hwang Sik, também fez discurso, mas não entrou no tema.
Deixando a política de lado, a Coreia do Sul disse ser o "coração do futebol na Ásia" e destacou a estrutura já existente: "estamos prontos para a Copa". E ainda prometeu transmissão de vídeo em "ultra high definition" e uma velocidade de locomoção jamais vista.
O discurso durou 30 minutos e teve pouco uso de recursos multimídia, diferentemente da Austrália, a primeira a se apresentar. A maior parte do tempo foi de discurso, com o uso também abusivo de fotos, principalmente de dirigentes ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Após as apresentações de Austrália e Coreia do Sul será a vez das concorrentes Catar, Estados Unidos e Japão mostrarem seus projetos ao comitê executivo da Fifa.
