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Atacante brasileiro relata desastre no Japão: pensei que fosse morrer

14 mar 2011 - 18h30
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O atacante brasileiro Marquinhos, 31 anos, recém-contratado pelo Vegalta Sendai e maior artilheiro da história do Kashima Antlers, passou momentos tensos na cidade de Sendai, epicentro do terremoto que devastou o Japão na última semana. No momento do tremor, ele estava em um restaurante, acompanhado de outro jogador, Max Carrasco, e chegou a considerar que sua vida estava em perigo.

Marquinhos conta que o centro de treinamento de seu clube foi devastado com o terremoto
Marquinhos conta que o centro de treinamento de seu clube foi devastado com o terremoto
Foto: AFP

"Estou no Japão desde 2001 e nunca havia passado por nada parecido. A sensação era de que a terra iria rachar. Corremos para o estacionamento, demos as mãos às outras pessoas que estavam no local e nos jogamos no chão. Vi prédios ruindo, carros acabados. Pareceu uma eternidade até que os tremores diminuíssem. Foi horrível. Achei realmente que fosse morrer. Graças a Deus conseguimos escapar", disse o jogador.

Após o desastre, o brasileiro contou que, em Sendai, há dificuldades para conseguir alimentos e água, e que muitos lugares estão sem energia e sem condições de comunicação. Por isso, os dirigentes do Vegalta orientaram o atleta a sair do país enquanto a situação não se normaliza.

"O centro de treinamentos do Vegalta Sendai não existe mais. Os vestiários e o ginásio ficaram acabados. Não dá para ficar na cidade. Todos estão desesperados. Não conseguia me comunicar com meus familiares. Fomos orientados a deixar a cidade e conseguimos chegar a Narita depois de seis horas. Só então consegui falar com minha família com mais calma. Estou embarcando para o Brasil nesta terça-feira. Vou seguir os treinamentos lá e esperar uma orientação dos dirigentes do clube para saber quando será possível voltar", concluiu Marquinhos, que irá para Bataguassu, sua cidade natal, no Mato Grosso do Sul.

Fonte: Gazeta Esportiva
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