Passagem do tsunami destruiu Academia do Futebol Japonês, afirma ex-diretor
A Academia do Futebol Japonês, centro técnico nacional do esporte, situado em Fukushima, próximo à central nuclear em perigo, já não existe após a passagem do tsunami, afirmou nesta quinta-feira um de seus criadores e ex-diretores, o francês Claude Dusseau.
"Já não existe esse centro, todos foram retirados de lá com dificuldade, porque é um país montanhoso. Vimos túneis que afundaram e viadutos que ficaram muito danificados", indicou Dusseau, ex-diretor do centro de formação de Clairefontaine (França) e ex-diretor da Academia do Futebol Japonês.
"Os edifícios resistiram, mas o tsunami provocou muitos danos", disse o formador, ressaltando que "cerca de sessenta garotos e umas trinta meninas estão atualmente na casa de seus pais" e que a Federação Japonesa "vai tentar continuar com o trabalho um pouco mais ao sul".
Dusseau estava acompanhado em sua entrevista por Jun Sunaga, de 35 anos, treinador de goleiros da Academia do Futebol Japonês, que participa de uma concentração de quinze dias com o Bordeaux, para obter seu diploma de treinador profissional.
Sunaga, que mora a 20 quilômetros da central nuclear de Fukushima, chegou no dia 9 de março à França, dois dias antes da catástrofe vivida por seu país.
"Minha casa está no litoral, não sei o que aconteceu, mas certamente desapareceu. Só podemos rezar", comentou. "Eles (seus parentes) conseguiram escapar e sair do perímetro (de 30 quilômetros em torno da central)", contou Sunaga.
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