Neymar recebe prêmio de gol mais belo e "salva" Brasil em Zurique
9 jan2012 - 16h40
(atualizado às 19h15)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Zurique (Suíça)
Menos de um mês após perder a final do Mundial de Clubes para o Barcelona, Neymar conseguiu uma vitória sobre Lionel Messi. Nesta segunda-feira, em Zurique, o atacante venceu o prêmio Ferenc Puskás pelo gol mais belo de 2011. O tento foi marcado na emocionante derrota do Santos para o Flamengo por 5 a 4, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 27 de julho.
De quebra o troféu salvou o ano do futebol masculino brasileiro na Bola de Ouro. Desde 2007, quando Kaká foi escolhido melhor jogador do mundo, um atleta do País não recebia um prêmio individual na festa da Fifa.
Neymar tinha como concorrentes no Ferenc Puskás o argentino Lionel Messi e o inglês Wayne Rooney, do Manchester United. O gol do atacante do Barcelona que disputou o prêmio foi marcado contra o Arsenal pela Liga dos Campeões, recebendo 28% dos votos. Já Rooney, com 30%, foi listado entre os três mais lindos tentos por bicicleta em clássico contra o Manchester City. O brasileiro recebeu 42% na votação.
Este foi o segundo ano em que Neymar concorreu ao prêmio de gol mais belo do ano. Em 2010, o brasileiro foi superado pelo turco Hamit Altintop, laureado por golaço contra a seleção do Cazaquistão nas Eliminatórias para a Eurocopa de 2012.
Com seu visual moicano, Neymar subiu ao palco e fez um breve discurso. "Estou muito contente por fazer parte dessa festa e por ter competido com esses dois grandes jogadores. Estou adorando", disse Neymar ao receber o troféu das mãos do ex-jogador mexicano Hugo Sanchez, um dos grandes nomes da história do Real Madrid.
Autor de 55 gols em 2011 e protagonista do Barcelona que conquistou cinco títulos, Lionel Andrés Messi chega ao tricampeonato da Bola de Ouro (2009, 2010 e 2011), concedido pela Fifa e a revista France Football ao melhor jogador da temporada. O feito o iguala a Zinedine Zidane e a Ronaldo, também com três premiações, e mostra que jogador de 24 anos pode alcançar outros imortais do futebol ao longo de sua carreira. Confira a trajetória que conferiu mais um prêmio ao argentino
Foto: Getty Images
Primeiro dos 55 gols de Messi no último ano veio contra o La Coruña, pelo Campeonato Espanhol, em 8 de janeiro. Como quase sempre acontece quando o argentino marca, o Barça vence: 4 a 0
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Quatro dias depois, um feito que se tornaria frequente para o camisa 10 neste ano: marcar três gols em uma só partida (o famoso hat-trick); primeira vítima foi o Betis, em 12 de janeiro, pela Copa do Rei
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Novo hat-trick de Messi ajudou Barcelona a quebrar o recorde vitórias consecutivas no Campeonato Espanhol (16 ao todo, quebrando recorde do Real Madrid de 1960/61) contra o Atlético de Madrid, em 5 de fevereiro; partida acabaria em 3 a 0
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Depois de um jogo pegado, na partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, Messi deu show no Camp Nou, na vitória por 4 a 1 sobre o Arsenal; com direito a chapéu no goleiro Almunia, argentino foi fundamental na classificação, em 8 de março
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Pouco mais de um mês após o show contra os ingleses, Messi supera o brasileiro Ronaldo (1996/97) e se torna o maior artilheiro do clube catalão em uma só temporada, ao deixar sua marca diante do Shakhtar, na partida de volta pelas quartas de final da Liga dos Campeões; argentino atingia marca de 48 gols
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Na primeira partida da série de confrontos contra o Real em 2011, Messi marcou o oitavo gol em clássicos contra rival, no empate no Santiago Bernabéu por 1 a 1, pela 32º rodada do Espanhol
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Dez dias depois, em 27 de abril, Messi marcou dois gols e deixou Barcelona muito perto da final da Liga dos Campeões, com direito a golaço na casa do rival, na primeira partida pela semifinal do torneio
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Apesar de perder a artilharia do Espanhol para Cristiano Ronaldo, Messi foi o líder em assistências na campanha que deu o tricampeonato nacional ao clube, ratificado em maio
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No Estádio de Wembley (Inglaterra), palco da grande final da Liga dos Campeões de 2010/11, Messi voltou a ser carrasco do Manchester United (como no título conquistado em 2008/09, com o par de gols na final). No segundo tempo, o argentino balançou as redes, e deixou equipe em vantagem para levantar o terceiro título da Liga dos Campeões em seis anos. A contribuição do craque foi tamanha que ele se sagrou artilheiro do torneio pela terceira vez seguida, desta vez com 12 gols
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Durante a Copa América, em junho, o ponto baixo de Messi em 2011. O atacante não conseguiu marcar gols na competição e viu a Argentina cair nas quartas de final, em torneio sediado em casa, para o futuro campeão Uruguai
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Já no início da temporada 2011/12, a rotina de desequilibrar decisões voltou a cair nos pés de Messi, com três gols e duas assistências nas finais contra o Real, pela Supercopa Espanhola. Contribuição foi decisiva para que o Barcelona faturasse mais uma taça, em 17 de agosto
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Menos de dez dias depois, no dia 26, Messi faz gol contra o Porto, pela Supercopa da Uefa - única competição que havia disputado e ainda não marcado tentos na carreira - e deixa sala de troféus do Camp Nou mais rechada de taças
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Nos 3 a 0 contra o Racing Santander, pelo Espanhol, camisa 10 anotou mais dois e chegou a 196 gols pelo Barcelona, ultrapassando o húngaro Ladislao Kubala (194). Com isso, o atacante chegou ao posto de segundo maior artilheiro do clube catalão na história. Tudo isso com apenas 24 anos
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Com os três gols contra o Viktoria Pilzen, Messi ultrapassou marca de 200 gols pelo Barcelona. A manter o ritmo atual de bolas na rede, o camisa 10 do time catalão logo deve se tornar o maior artilheiro da história, alcançando César Rodríguez, que tem 235 tentos
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No esperado confronto contra Neymar, Messi fez valer sua maior experiência internacional e a melhor qualidade técnica do Barça contra um Santos excessivamente defensivo na final do Mundial de Clubes; nem a retranca de Muricy impediu o craque de balançar as redes de Rafael por duas vezes, com os campeões europeus goleando por 4 a 0 e fechando o ano de 2011 de ambos com chave de ouro
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Confirmando os prognósticos, o argentino Lionel Messi foi o vencedor da Bola de Ouro pela terceira vez na carreira, igualando-se ao brasileiro Ronaldo e ao francês Zinedine Zidane