Marta desabafa: "não posso ter o peso de mudar o futebol feminino"
9 jan2012 - 19h27
(atualizado às 21h57)
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Fábio de Mello Castanho
Direto de Zurique (Suíça)
Depois de cinco anos como rainha do futebol, Marta perdeu a coroa nesta segunda-feira ao ser superada pela japonesa Hamore Sawa na eleição de melhor jogadora de 2011. A brasileira parabenizou a vencedora, disse que a escolha foi justa, mas desabafou em relação à estrutura do futebol feminino no Brasil.
Segundo Marta, as dificuldades são as mesmas desde que ela foi eleita a melhor do mundo pela primeira vez seis anos atrás. "Pouca coisa mudou na estrutura", afirmou a jogadora, que ainda lamentou o fechamento do departamento de futebol feminino do Santos, clube no qual chegou a atuar.
Em sua avaliação, o papel que lhe é devido já foi cumprido. Com a força de sua imagem, o futebol feminino ganhou mais exposição na mídia. "Eu não posso carregar, e nem as outras jogadoras, o peso de mudar o futebol feminino no país".
Os problemas do futebol feminino vieram à tona novamente no final da última semana com a decisão da diretoria santista de acabar com o futebol feminino. Dirigentes, técnicos e jogadoras reclamaram da decisão e voltaram a pedir mais incentivo para a categoria.
Seleção
Outro problema apontado pela jogadora está na dificuldade de um calendário que permita uma preparação ideal para a Seleção Brasileira. Na preparação para Londres, ela espera melhoras. "Acho que conseguiremos mais datas para amistosos, e isso ajuda muito", disse.
Autor de 55 gols em 2011 e protagonista do Barcelona que conquistou cinco títulos, Lionel Andrés Messi chega ao tricampeonato da Bola de Ouro (2009, 2010 e 2011), concedido pela Fifa e a revista France Football ao melhor jogador da temporada. O feito o iguala a Zinedine Zidane e a Ronaldo, também com três premiações, e mostra que jogador de 24 anos pode alcançar outros imortais do futebol ao longo de sua carreira. Confira a trajetória que conferiu mais um prêmio ao argentino
Foto: Getty Images
Primeiro dos 55 gols de Messi no último ano veio contra o La Coruña, pelo Campeonato Espanhol, em 8 de janeiro. Como quase sempre acontece quando o argentino marca, o Barça vence: 4 a 0
Foto: AFP
Quatro dias depois, um feito que se tornaria frequente para o camisa 10 neste ano: marcar três gols em uma só partida (o famoso hat-trick); primeira vítima foi o Betis, em 12 de janeiro, pela Copa do Rei
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Novo hat-trick de Messi ajudou Barcelona a quebrar o recorde vitórias consecutivas no Campeonato Espanhol (16 ao todo, quebrando recorde do Real Madrid de 1960/61) contra o Atlético de Madrid, em 5 de fevereiro; partida acabaria em 3 a 0
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Depois de um jogo pegado, na partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, Messi deu show no Camp Nou, na vitória por 4 a 1 sobre o Arsenal; com direito a chapéu no goleiro Almunia, argentino foi fundamental na classificação, em 8 de março
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Pouco mais de um mês após o show contra os ingleses, Messi supera o brasileiro Ronaldo (1996/97) e se torna o maior artilheiro do clube catalão em uma só temporada, ao deixar sua marca diante do Shakhtar, na partida de volta pelas quartas de final da Liga dos Campeões; argentino atingia marca de 48 gols
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Na primeira partida da série de confrontos contra o Real em 2011, Messi marcou o oitavo gol em clássicos contra rival, no empate no Santiago Bernabéu por 1 a 1, pela 32º rodada do Espanhol
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Dez dias depois, em 27 de abril, Messi marcou dois gols e deixou Barcelona muito perto da final da Liga dos Campeões, com direito a golaço na casa do rival, na primeira partida pela semifinal do torneio
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Apesar de perder a artilharia do Espanhol para Cristiano Ronaldo, Messi foi o líder em assistências na campanha que deu o tricampeonato nacional ao clube, ratificado em maio
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No Estádio de Wembley (Inglaterra), palco da grande final da Liga dos Campeões de 2010/11, Messi voltou a ser carrasco do Manchester United (como no título conquistado em 2008/09, com o par de gols na final). No segundo tempo, o argentino balançou as redes, e deixou equipe em vantagem para levantar o terceiro título da Liga dos Campeões em seis anos. A contribuição do craque foi tamanha que ele se sagrou artilheiro do torneio pela terceira vez seguida, desta vez com 12 gols
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Durante a Copa América, em junho, o ponto baixo de Messi em 2011. O atacante não conseguiu marcar gols na competição e viu a Argentina cair nas quartas de final, em torneio sediado em casa, para o futuro campeão Uruguai
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Já no início da temporada 2011/12, a rotina de desequilibrar decisões voltou a cair nos pés de Messi, com três gols e duas assistências nas finais contra o Real, pela Supercopa Espanhola. Contribuição foi decisiva para que o Barcelona faturasse mais uma taça, em 17 de agosto
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Menos de dez dias depois, no dia 26, Messi faz gol contra o Porto, pela Supercopa da Uefa - única competição que havia disputado e ainda não marcado tentos na carreira - e deixa sala de troféus do Camp Nou mais rechada de taças
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Nos 3 a 0 contra o Racing Santander, pelo Espanhol, camisa 10 anotou mais dois e chegou a 196 gols pelo Barcelona, ultrapassando o húngaro Ladislao Kubala (194). Com isso, o atacante chegou ao posto de segundo maior artilheiro do clube catalão na história. Tudo isso com apenas 24 anos
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Com os três gols contra o Viktoria Pilzen, Messi ultrapassou marca de 200 gols pelo Barcelona. A manter o ritmo atual de bolas na rede, o camisa 10 do time catalão logo deve se tornar o maior artilheiro da história, alcançando César Rodríguez, que tem 235 tentos
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No esperado confronto contra Neymar, Messi fez valer sua maior experiência internacional e a melhor qualidade técnica do Barça contra um Santos excessivamente defensivo na final do Mundial de Clubes; nem a retranca de Muricy impediu o craque de balançar as redes de Rafael por duas vezes, com os campeões europeus goleando por 4 a 0 e fechando o ano de 2011 de ambos com chave de ouro
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Confirmando os prognósticos, o argentino Lionel Messi foi o vencedor da Bola de Ouro pela terceira vez na carreira, igualando-se ao brasileiro Ronaldo e ao francês Zinedine Zidane