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Eurico Miranda volta a dar as cartas no futebol carioca

31 out 2012 - 07h35
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Marcus Vinícius Pinto
Direto do Rio de Janeiro

Eurico Miranda está de volta ao futebol carioca. Não pelo Vasco, como se chegou a especular durante o fim de semana e negado pelo presidente do clube, Roberto Dinamite. Mas o que se viu na terça-feira, no conselho arbitral da Federação de Futebol do Rio que definiu a fórmula de disputa do Campeonato Estadual para os próximos dois anos, foi um Eurico ativo, irônico e comandando os rumos dos clubes pequenos, interferindo diretamente no resultado da votação que alterou um regulamento da competição.

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Eurico chegou à Federação de terno, pouco antes de o arbitral começar. Cumprimentou o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, o ex-diretor de seleções da CBF, Américo Faria (agora no Boavista), e tomou lugar ao lado do presidente do Madureira, Elias Duba, e de outros representantes de clubes. "Eurico é uma espécie de comandante dos clubes pequenos", disse um dirigente que pediu para não ser identificado.

Do seu lugar, Eurico Miranda viu quando o atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, chegou atrasado à reunião que já tinha começado. "Nem sei para que ele que veio", sussurrou Eurico com quem estava ao lado, em referência ao desafeto.

Foi Roberto chegar para o presidente da Federação, Rubens Lopes, começar a votação sobre a instituição de uma multa no lugar do terceiro cartão amarelo para que nenhum jogador perca as partidas das finais. Fluminense, Botafogo, Flamengo e Vasco votaram não. Resende, Volta Redonda, Macaé e Friburguense empataram a votação. Nova Iguaçu votou não. Boavista sim. Duque de Caxias não. Madureira, Bangu, Olaria, Quissamã e Audax votaram sim.

O resultado, de acordo com o critério de peso de cada clube dentro da Federação, daria a vitória ao não. Imediatamente, Eurico Miranda olhou para o representante do Duque de Caxias e ordenou a mudança de voto. Em seguida, em voz alta, deu outra ordem: "Jânio, muda o voto". Jânio era Jânio Moraes, presidente do Nova Iguaçu, que sem pestanejar mudou seu voto. "Eu me equivoquei, presidente, entendi errado", disfarçou.

Enquanto isso acontecia, um funcionário da Federação já computava a vitória do não, quando Rubens Lopes disse: "ué, mudaram os votos depois da eleição. Isso pode?", brincou. Eurico, do seu lugar respondeu. "Pode, mudaram os votos". Resultado final: 58 votos ao não, 78 votos ao sim.

Eurico Miranda ainda deu pitacos na confecção do novo regulamento, que vai ser publicado nesta quarta-feira no site da Federação. Disse coisas que estavam erradas, mas ninguém deu muita atenção e nada mais foi mudado. Eurico ainda cochichou algo no ouvido de Teodomiro Bittencourt, o Mirinho, presidente do Macaé, e conversou muito com Elias Duba. Antes de a reunião acabar, Eurico tentou sair de fininho. Como se fosse possível.

Curto na única resposta que deu aos jornalistas sobre o que estava fazendo ali, voltou a ser o Eurico irônico dos tempos de Vasco: "estou prestando consultoria ao Vasco", disse pegando o elevador rapidamente e abandonando a sede da Federação.

Pelo menos por enquanto. Porque ele está de volta, e quer dar as cartas novamente no futebol carioca. Se não no Vasco, como "consultor" dos 12 clubes menores do Estadual.

Eurico Miranda exerceu influência no conselho arbitral do Campeonato Carioca
Eurico Miranda exerceu influência no conselho arbitral do Campeonato Carioca
Foto: Ítalo Dornelles / Divulgação
Fonte: Terra
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