Ônibus da seleção do Togo é metralhado; dois morrem
O ônibus que levava a Seleção de Togo para a disputa da Copa Africana de Nações foi metralhado na fronteira entre Congo e Angola, nesta sexta-feira. Nove pessoas foram feridas, e o técnico adjunto e o diretor de comunicações da delegação não resistiram e morreram.
Um porta-voz do Ministério dos Esportes de Togo em Lomé informou que entre os feridos estão dois jogadores e dois médicos e acrescentou que algumas das vítimas tiveram que ser levadas para atendimento médico, mas não deu detalhes sobre a identidade dos jogadores ou a gravidade dos casos.
No entanto, o atacante Thomas Dossevi, principal fonte das agências internacionais, afirmou que o goleiro Kodjovi Obilalé e o zagueiro Serge Akapo estão entre os feridos e já foram encaminhados para o hospital.
O ministro Antonio Bento Bembe, responsável pela região de Cabinda, rica em petróleo e foco de conflitos separatistas, disse que o ataque é um "ato de terrorismo".
De acordo com a agência PNN, o grupo separatista Flec (Frente para Liberação do Enclave de Cabinda) confirmou a autoria da emboscada em comunicado e afirmou que "a situação de guerra é uma realidade em Cabinda e qualquer estrangeiro poderá ser uma vítima". Costa do Marfim, Burkina Faso e Gana são as outras seleções que disputariam o Grupo B em Cabinda.
O ataque ocorre apenas dois dias antes da Copa Africana de Nações, torneio que deve atrair milhares de africanos nas próximas três semanas.
O atacante Emmanuel Adebayor, do Manchester City, não está entre os feridos, disse o clube inglês em comunicado em seu site oficial.
O Togo deve jogar contra Gana pelo grupo B na segunda-feira.
Com informações das agências Reuters e AFP