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Oposição do Santos vê golpe político em afastamento de Luis Álvaro

15 ago 2013 - 22h28
(atualizado em 16/8/2013 às 00h00)
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Um golpe. Foi dessa maneira que os oposicionistas do presidente Luis Álvaro Ribeiro receberam o pedido de afastamento do mandatário, aprovado na noite desta quinta-feira por unanimidade em reunião no Conselho Deliberativo do Santos.

<p>Luís Álvaro deixou presidência santista por problemas de saúde</p>
Luís Álvaro deixou presidência santista por problemas de saúde
Foto: Santos FC / Divulgação

Chefes de grupos políticos do clube da Baixada Santista viram a saída do presidente como uma manobra para abrir caminho a outra ala de dirigentes santistas. No caso, da turma associada a Pedro Luiz Conceição, membro do Comitê de Gestão destituído pelo próprio Luis Álvaro na semana passada.

O motivo é que, com a saída do presidente, os conselheiros acreditam que tanto Pedro quanto Caio De Stéfano, outro membro do Comitê destituído, não vão mais deixar o poder do clube, por duas razões.

A primeira é que, legalmente, eles ainda fazem parte do Comitê, já que a destituição ainda precisa ser aprovada pelo Conselho, argumentam os oposicionistas. Segundo: o vice-presidente Odílio Rodrigues, que assumirá a chefia do Santos daqui para frente, é aliado de Pedro e Caio. Curioso é que os conselheiros se disseram surpreendidos com a notícia de que os membros destituídos ainda não estavam fora do clube.

"Foi o maior golpe da história recente do clube. Eles vão voltar", afirmou Orlando Rollo, presidente da Terceira Via Santista, grupo político do time.

O coro é endossado pela Resgate Santista, ala que ajudou o presidente a se eleger. Fábio Viana, presidente do grupo, concorda com Rollo e teme um desgaste político ainda maior daqui para frente. "Foi uma vergonha", resumiu, sobre a reunião do Conselho pedida pelo próprio Comitê Gestor.

Além de Pedro e Caio, Luciano Moita se desligou do Comitê nos últimos dias, mas por renúncia. O trio é chamado em Santos de "Vila Rica", menção à região onde residem na cidade da Baixada. E seriam aliados politicamente, situação que acabou por minar o poder do presidente Luis Álvaro em suas decisões. De acordo com os conselheiros, Ribeiro teria se convencido de sua fragilidade política nos últimos dias e decidiu se afastar, abrindo espaço para Odílio e companhia gerarem o clube.

Questionados sobre a continuidade do Comitê a partir de agora, já que é necessário que haja pelo menos cinco membros para tomar decisões, Luis Fernando Fleury, um dos integrantes do colegiado, confirmou que Pedro, Caio e Moita ainda não se desligaram.

"Não temos de nos preocupar ainda com o Comitê ficar engessado porque ainda há sete membros entre a gente, porque ainda precisam ser aprovadas três destituições. E outros precisam ser indicados, o que caberá a Odílio fazer isso", afirmou o dirigente.

Pelo Estatuto, o presidente do clube precisa indicar os novos membros do Comitê, que precisam de aprovação do Conselho para assumir a cadeira. Em entrevista logo após sua saída, Pedro Luiz Conceição disse que ficaria pelo menos três anos afastado do clube politicamente. Moita entregou uma carta de renúncia e Caio não foi encontrado para comentar as acusações dos conselheiros.

Luis Álvaro deixou a reunião sem falar com a imprensa, mas, antes, ele já havia colocado um comunicado no site oficial do clube . Na própria reunião, fez um comunicado alegando seus motivos para deixar a previdência, por conta de seu estado de saúde.

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Fonte: Lancepress! Lancepress!
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