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Parreira aceita frase de repórter, copia 94 e vê Brasil campeão

26 mai 2014 - 18h30
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Ao desembarcar nos Estados Unidos para a disputa da Copa de 1994, Carlos Alberto Parreira, então técnico da Seleção Brasileira, esbanjou confiança e disse que havia chegado o campeão - como, de fato, seria. Vinte anos depois, ao ser lembrado do episódio e questionado por um repórter se havia chegado a Teresópolis o time campeão de 2014, o agora coordenador técnico da equipe nacional fez o mesmo.

"Chegou", disse, antes de repetir, com mais firmeza. "Chegou. E bem chegado!".

Parreira, toda a comissão técnica de Luiz Felipe Scolari e os 23 jogadores convocados não têm fugido ao favoritismo para o torneio, que será disputado pela segunda vez no Brasil. Indagado por outro jornalista se isso não poderia ser prejudicial, como teria sido no vice-campeonato mundial de 1950, no Maracanã, o coordenador técnico respondeu com uma pergunta.

"O que você diria se eu tivesse dito que chegou o vice-campeão?", riu. "Não estamos falando isso da boca para fora, não. Acreditamos mesmo. Em 50, conversei pessoalmente com o Flávio Costa (treinador da Seleção naquele ano), quando ele ainda era vivo. Ele me desenhou o time taticamente e contou coisas incríveis que aconteceram fora de campo, próximo ao jogo final, com invasão das famílias, de políticos, no vestiário. Em campo, tínhamos uma belíssima equipe".

O campeão mundial de 94 foi além. "O que aprendi disputando seis, sete Copas? Que a primeira coisa a se fazer é ganhar fora. E não é fácil. Envolve muitas coisas, planejamento, logística, relacionamento, com torcedor, com imprensa, na própria equipe. Tem que ter um bom ambiente de trabalho. Quando se consegue ganhar fora de campo, você está com uma mão na taça. E já estamos com uma mão na taça", continuou.

Ajudante de Felipão na missão de buscar o sexto título mundial para o Brasil, Parreira ainda citou, afora o fato de jogar em seu próprio país, "a zaga mais cara do mundo", formada por Thiago Silva e David Luiz, e o "timaço" verde-amarelo por completo para justificar sua confiança. Mas há muito com o que se preocupar, ele lembra.

"Não temos obrigação de ganhar, mas somos favoritos. Quantos favoritos não fracassaram? Em 2002, 90% da mídia apontavam Argentina e França como favoritas, pelo retrospecto nos anos anteriores. França e Argentina não passaram da primeira fase. Não basta ser favorito, tem que exercer essa condição de favorito a cada jogo", alertou, a 17 dias do primeiro, contra a Croácia, marcado para 12 de junho, em Itaquera.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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