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Partida entre Barcelona e combinado palestino-israelense é cancelada

22 mai 2013 - 12h25
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A partida de futebol que ia ser realizada entre o Barcelona e um combinado palestino-israelense perto de Tel Aviv foi cancelada definitivamente pelas "dificuldades" que surgiram, informaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes oficiais israelenses.

Por sua vez, o Barcelona também confirmou à Efe que apesar da surpresa, o encontro foi "adiado", sem especificar os motivos.

"Não haverá a partida, haverá outra coisa", disseram as fontes israelenses, que preferiram manter o anonimato, e agregaram que a visita do Barcelona não foi cancelada, somente a partida.

A chegada da equipe - e sobretudo de suas estrelas Lionel Messi, Xavi e Iniesta - tinha despertado um interesse generalizado entre israelenses e palestinos, dois povos que vivem o futebol espanhol quase como seu.

A ideia de uma partida deste tipo foi proposta pelo Centro Peres pela Paz durante uma visita que o presidente do Barcelona, Sandro Rossell, efetuou à zona em fevereiro, mas desde o princípio há oposição das autoridades de Ramala.

Jibril Rajub, presidente da Associação de Futebol palestina, explicou que apesar de ser uma "ideia criativa", havia "muitos obstáculos" e só será possível a partida "quando o Estado palestino for estabelecido, livre, independente, democrático, com os valores e a ética do esporte como principal filosofia e cultura".

Fontes oficiais em Ramala explicaram hoje à Efe que a partida é "um assunto polêmico na Palestina" e que "a Federação não assinou nem deu consentimento a um encontro deste tipo".

Em Israel ventilava também como alternativa a organização de um partida com jogadores judeus e palestinos de nacionalidade israelense, um combinado parecido com o que em 2007 enfrentou o Real Madrid.

Os detalhes da visita do Barcelona foram preparados por seu vice-presidente Javier Faus, que na segunda-feira visitou Israel e na terça-feira a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Faus se reuniu em Ramala com Rajub e em Jerusalém com o diretor do escritório do primeiro-ministro israelense, Harel Locker, a quem entregou uma camiseta do time com o nome "Netanyahu" nas costas.

EFE   
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