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Patrícia Amorim anula voto em eleição do Fla e cutuca atual diretoria

7 dez 2015 - 16h53
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Primeira mulher a alcançar a presidência do Flamengo, clube de maior torcida do País, Patrícia Amorim esteve na Gávea, nesta segunda-feira, para participar das eleições presidenciais do clube. No entanto, não manifestou seu apoio a nenhuma das três chapas que concorrem ao pleito. Em entrevista ao jornal carioca Extra, a ex-presidente, que deixou o cargo em 2012, disparou contra a atual gestão e até cogitou um retorno em 2019.

Medalhista pelo Flamengo na natação, Patrícia assumiu carreira política antes mesmo de entrar nos bastidores do Rubro-Negro. Em 2000, credenciou-se como vereadora pelo PSDB do Rio de Janeiro, e dez anos depois alcançou a presidência. Apesar de ter sido procurada por Eduardo Bandeira de Mello, que tenta a reeleição na chapa azul, e Cacau Cotta, da chapa branca, a ex-mandatária se manteve neutra.

"A eleição está ganha. Era a única coisa que eu podia fazer para demonstrar minha insatisfação. Três anos de zona de rebaixamento. Mas tenho certeza que vai melhorar. Eles queriam meu voto e não o meu apoio", falou. "Algumas coisas não me sinto à vontade. Não tenho mais frequentado o clube. Votei como queria. Não fiz chantagem. Quero somar", declarou Patrícia durante a entrevista.

Com o anúncio do novo treinador da equipe - que, pelo que tudo indica, será Muricy Ramalho - vinculado aos rumos das eleições, que devem começar a ter o resultado apurado até 21h (de Brasília), Patrícia, agora na posição de uma torcedora, espera que os êxitos administrativos se repitam dentro de campo para que o clube brigue por títulos no ano que virá.

"Falar e prometer é fácil, realizar é diferente. Muita coisa acontece, a bola não entra, o discurso vai mudando. Meu desejo é que o Flamengo se torna o clube que a gente sonha. Não tenho nenhum desejo pessoal. Sou muito pé no chão e acho que o Flamengo está num caminho razoável na parte administrativa, e espero que na área esportiva tenha o mesmo sucesso", declarou.

Ao explicar os motivos de não ter apoiado Cacau Cotta, que foi vice-presidente durante seu mandato na presidência, e agora faz parte da oposição nestas eleições, a ex-mandatária cogitou, inclusive, um possível retorno após o triênio que será cumprido até 2018/2019. "Quando o Cacau lançou a candidatura não perguntou o que eu achava. E eu não era a favor da candidatura agora. Talvez para a próxima eleição pudesse fazer um movimento. Não dá para lançar e achar que todo mundo quer apostar", falou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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