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Paulinho avisa que não pensou em dinheiro ao recusar Inter de Milão

29 jan 2013 - 19h31
(atualizado às 21h08)
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O volante Paulinho só não se transferiu para a Internazionale porque não quis. Através do diretor técnico Marco Branca, enviado a São Paulo exclusivamente para viabilizar o negócio, o clube de Milão apresentou uma proposta que satisfez o Corinthians financeiramente. O jogador, no entanto, abriu mão de um salário maior para permanecer no Brasil.

"A parte financeira não pesa para mim. Estou pensando na minha carreira. A proposta da Inter de Milão foi boa, mas hoje levo uma vida bem tranquila aqui. Nem sempre o dinheiro te garante alguma coisa", avisou Paulinho, que concedeu entrevista coletiva ao lado de Roberto de Andrade, diretor de futebol do Corinthians, para encerrar as especulações nesta terça-feira.

Ao contrário do que ocorreu no ano passado, desta vez o clube brasileiro não precisou conceder um aumento salarial para manter Paulinho em seu elenco. O Corinthians chegou a comprar 50% dos direitos econômicos do volante no fim de 2011 - a outra metade pertence ao Audax, do Grupo Pão de Açúcar - em função do assédio dos times europeus."Para esclarecer: a negociação coma Inter de Milão começou e terminou hoje. Eles vieram com uma proposta para levar o Paulinho, mas o jogador não quis sair. A gente ficou muito contente com a decisão dele", disse Roberto de Andrade, ressalvando que o Corinthians estava disposto a fechar negócio. "Os valores da proposta nos serviriam. Mas, se o atleta não quer ir e o Corinthians não tem necessidade de vender...", justificou.

Paulinho explicou os porquês de sua decisão. "Ganho muito ficando aqui. Com todo o respeito à Inter de Milão, um grande clube da Europa, o Corinthians vem conquistando muitas coisas e a direção está fazendo todo o esforço necessário para conseguirmos mais títulos ainda. A Seleção Brasileira também foi uma das coisas que me fez ficar", reconheceu, disposto a continuar no foco do técnico Luiz Felipe Scolari e lembrando que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil.

O discurso de Paulinho deixou Roberto de Andrade orgulhoso. "O Corinthians, com toda a estrutura que tem, foi um dos clubes pioneiros em mostrar que as coisas não funcionam mais como antigamente. Os europeus não conseguem mais levar qualquer jogador do Brasil. Ao contrário: muitos de fora querem vir trabalhar conosco. No Brasil, eles podem ter uma vida tão boa quanto na Europa. Lá, ganha-se em euros, mas também se gasta em euros", argumentou.

Com € 17,5 milhões (o equivalente a quase R$ 50 milhões) disponíveis para investimentos após as vendas do brasileiro Philippe Coutinho para o Liverpool e do holandês Sneijder para o Galatasaray, a Inter de Milão não desistiu definitivamente de contratar Paulinho. Massimo Moratti, presidente do clube italiano, prometeu fazer uma nova investida em junho.

"Não estou preocupado com o que vai acontecer mais para a frente. Tive que tomar uma decisão em relação à Inter agora. Se mandarem outra proposta no meio do ano, é outra história. O futuro a Deus pertence", sorriu Paulinho, com contrato com o Corinthians válido até 31 de julho de 2015. "Na próxima janela, se vier alguma oferta para ele, a gente conversa novamente. Se o Paulinho quiser sair e as partes se entenderem em valores, o jogador será vendido sem problema nenhum. O Corinthians prioriza a vontade do atleta", concluiu Roberto de Andrade.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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