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Paulo Nobre diz que rival foi 'sorrateiro e antiético' ao contratar Kardec

28 abr 2014 - 16h11
(atualizado às 16h30)
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Ao anunciar a saída de Alan Kardec para o São Paulo, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, fez duras críticas à postura do rival durante a negociação com o atacante. Citando que os clubes possuem relação ruim 'desde os anos 40', o mandatário utilizou o caso - para ele "absolutamente antiético - para reforçar a falta de união entre os times brasileiros.

- O São Paulo foi extremamente antiético. Isso não é privilégio do Palmeiras. Se você perguntar a outros clubes, vão te falar o conceito do São Paulo. E isso acontece desde a base - atacou Nobre, durante entrevista na Academia de Futebol, nesta segunda-feira.

- A relação entre Palmeiras e São Paulo é péssima desde os anos 40, e com essa administração que entrou não será diferente. O Palmeiras não é bonzinho, somos éticos - acrescentou.

Embora tivesse um acordo verbal com o Benfica (POR), detentor dos direitos do jogador, para a compra de Kardec, o Palmeiras se arrastou por pouco mais de um mês tentando acertar salários com o centroavante. Depois de as partes chegarem a um acordo por R$ 220 mil, além de bônus por produtividade, em reunião que Nobre não participou, o presidente decidiu que ainda seria necessário diminuir o valor, intensificando a relação ruim com o estafe do jogador.

- O salário do Alan era em três partes. Fixa, variável e luvas. Quando eu tratava o assunto Alan Kardec, falava do valor total dessas três partes. Eu não podia deixar estourar. A gente ficava jogando com eles. Você quer mais fixo? Então cai o variável e a luva - explicou.

O São Paulo, então, chegou com uma oferta de R$ 300 mil mensais e uma grande comissão aos representantes de Kardec, seduzindo o atleta a "pular muro", já que os clubes são vizinhos de CT. Durante as conversas arrastadas, o presidente do Palmeiras chegou a dizer que outros clubes entraram em contato, mas avisaram que negociariam com Kardec apenas depois de esgotada a chance de acerto com o Verdão.

- Outros me ligaram manifestando interesse, para assim que encerrássemos as negociações. Isso é normal. Agora, no fluxo da negociação, de forma sorrateira, é absolutamente antiético - reforçou o dirigente, que por mais de uma vez citou o fato de que teria mais um mês para negociar, pois o vínculo com Kardec se encerrava em junho, mas a preferência do clube para contratá-lo ia até o fim de maio.

O atual presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, é um dos criadores do Clube dos 13, e sempre reforça a necessidade de união entre clubes. Ele, porém, já provocou publicamente o Corinthians por conta do estádio de Itaquera, criticou o Santos, pela negociação com Leandro Damião, e agora recebeu críticas do Verdão por "atravessar" as conversas com Kardec, que não treina no Palmeiras desde quinta (alegando uma gastrite), e que deve assinar com o Tricolor por cinco anos.

- Os clubes estão desunidos. De que adianta você se vangloriar de dar um passa-moleque em alguém se você continua fraco. O senhor que ganhou a presidência do São Paulo (Carlos Miguel Aidar) é um dos mentores do Clube dos 13, e já chega com essa atitude. Eu falava muito com a diretoria passada do São Paulo que precisávamos mudar essa história, que Palmeiras, Corinthians e Santos juntos são muito mais fortes. Mas com essa postura, concluo que isso não irá mudar - completou.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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