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Político de ultra-direita diz "alemães" não querem Boateng como vizinho

29 mai 2016 - 11h51
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O vice-presidente do partido de ultra-direita Alternativa para a Alemanha, Alexander Gauland, atacou o zagueiro Jérome Boateng, campeão mundial de futebol pelo país, em entrevista publicada neste domingo.

"Para as pessoas, parece ser um bom jogador, mas eles não querem um Boateng como vizinho", disse o político ao jornal "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

O defensor, titular do Bayern de Munique, é filho de mãe alemã e pai ganês. Dois anos atrás, foi uma das peças fundamentais da seleção comandada por Joachim Löw, que venceu a Copa do Mundo no Brasil.

As declarações de Gauland rapidamente foram alvo de forte reação entre autoridades esportivas e políticas da Alemanha, que iniciaram uma série de manifestação de repúdio.

"Sem nível e inaceitável", escreveu no Twitter o ministro da Justiça do país, Haiko Maas.

Diante da repercussão, Gauland garantiu que não quis insultar o jogador, mas sim, apresentar o pensamento de alguns alemães em uma conversa informal com jornalista da publicação.

O presidente da federação alemã, Reinhard Grindel apontou que o ataque ao zagueiro é de "mau gosto", enquanto o diretor-executivo da seleção, Oliver Bierhoff, lembra que este não é a primeira declaração do tipo de membros da extrema-direita.

Dias atrás, o movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente criticou a participação de jogadores de origem estrangeira em uma propaganda de TV, no caso, o próprio Boateng e o volante Ilkay Gundogan, de origem turca.

EFE   
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