Por ordem do governo, Togo abandona Copa Africana
A seleção de futebol de Togo irá retornar para casa e ficar de fora da Copa Africana de Nações, disse Emmanuel Adebayor, jogador da equipe e do Manchester City, à radio francesa RMC neste domingo.
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"Nós fizemos uma reunião entre os jogadores ontem (sábado) e dissemos uns aos outros que somos jogadores de futebol e decidimos fazer uma coisa boa por nosso país ao jogar para prestar uma homenagem àqueles que morreram," afirmou Adebayor.
"Infelizmente, o chefe de Estado e as autoridades de nosso país tomaram uma decisão diferente, então arrumaremos nossas malas e iremos para casa", completou.
Pouco antes da entrevista de Adebayor, o primeiro-ministro togolês, Gilbert Houngbo, ordenou que a delegação retornasse para o país. "Se um time ou algumas pessoas se apresentarem sob a bandeira togolesa, será uma falsa representação", disse.
O ônibus que transportava a seleção de futebol do Togo para Angola foi metralhado por cerca de 30 minutos na sexta-feira, em Cabinda. O assistente-técnico Abalo Amelete, o assessor de imprensa Stan Ocloo e o motorista do veículo morreram.
O incidente aconteceu quando o ônibus ia da República Democrática do Congo para território angolano. Cabinda é uma região rica em petróleo e que enfrenta problemas com rebeldes separatistas.
O goleiro reserva Kodjovi Obilalé está em um hospital de Johanesburgo, internado com uma lesão neurológica grave. A competição começa neste domingo em Luanda com o confronto entre Angola e Mali, pelo grupo A. A estreia de Togo está marcada para o dia seguinte, contra Gana.
Com informações da EFE