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Por sucesso de técnicos no exterior, Scolari espera chancela da Fifa

19 ago 2013 - 18h23
(atualizado às 23h48)
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Com passagens pela Ásia e pela Europa, o técnico Luiz Felipe Scolari considera que a falta de reconhecimento da Fifa aos cursos de formação de treinadores ministrados no Brasil é o principal empecilho para o sucesso de seus compatriotas em clubes do exterior.

"Quando saímos do Brasil, nosso título de professor de educação física e de treinador passam por estudo e às vezes demora um certo tempo para serem revalidados, porque aqui no Brasil não existem cursos da Fifa e da Uefa", afirmou o atual técnico da Seleção.

Ainda que não contem com o reconhecimento das entidades sediadas na Europa, os cursos ministrados no Brasil têm qualidade, garantiu Felipão. Como exemplo, ele citou o ex-zagueiro Roque Júnior, seu antigo comandado, que recentemente passou pelo programa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Trabalhando como fazemos no Brasil, podemos fazer sucesso em qualquer lugar do mundo. Muitos de nós já foram e ganharam. Temos bons cursos em todos os estados e o programa da CBF é espetacular, não deve nada aos europeus. Quando (os cursos) sejam reconhecidos pela Fifa, teremos todas as condições", afirmou.

Para o técnico, com passagens pelo Chelsea e pela seleção portuguesa, muitas vezes a realidade europeia é superestimada. "A imprensa fala que precisamos nos atualizar, mas gostaria de saber o que é atualização no futebol. Lá fora não há tanta atualização como se apregoa", afirmou.

Scolari participou do lançamento da Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF), realizado em São Paulo nesta segunda-feira. Uma das promessas da entidade é oferecer cursos de qualificação aos técnicos brasileiros com a finalidade de aumentar as chances de sucesso no exterior.

Com apoio de nomes como Paulo Roberto Falcão, Emerson Leão, Ney Franco e Gilson Kleina, entre vários outros, a FBTF ainda se propõe a tomar medidas para diminuir a alta rotatividade dos técnicos nos times e para fazer com que os salários sejam pagos pelos clubes até os finais dos contratos, mesmo em caso de demissão.

"É o primeiro de muitos passos que precisam ser dados para chegar ao objetivo final. Hoje, estou na Seleção, mas faço parte desse grupo. Seria ótimo que todos os clubes respeitassem os contratos com os técnicos e vice-versa. Quem sabe dentro de 10 anos possamos ver nossos sonhos alcançados", afirmou.

*Especial para GE.net

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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