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Precavido contra tragédias, Botafogo mostra planejamento do Engenhão
Diante de todo o debate existente sobre condições de segurança em locais públicos após a tragédia em Santa Maria (RS), na qual um incêndio em uma boate vitimou fatalmente 233 pessoas, o Botafogo tornou público nesta terça-feira o Plano de Segurança e Evacuação do Engenhão. Todo o planejamento foi explicado em entrevista coletiva no próprio estádio e houve a garantia de que, em caso de emergência, todas as instalações têm condições de serem evacuadas facilmente.
A coletiva reuniu diversos especialistas em segurança: o médico-chefe do Engenhão, Alex Busquet, o membro do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE), capitão Fabiano, e a professora da Puc-RS e responsável pelo laboratório de simulação de multidões da universidade, Soraia Musse. Inclusive, um programa desenvolvido por Soraia chegou a conclusão de que o Engenhão demoraria seis minutos e meio para ser evacuado com um publico de 47 mil pessoas. O padrão estabelecido pela Fifa é de oito minutos.
"As saídas do estádio estão boas e o tempo está bom, dentro de um prazo estabelecido pela Fifa. Levamos em conta possíveis comportamentos do público, inclusive com o estádio cheio e uma saída interditada, e as simulações foram boas com essas variáveis", disse Soraia Musse.
Ao lado das autoridades especializadas na área de segurança na entrevista, o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau, destacou que o clube está empenhado em oferecer as melhores condições possíveis para o estádio, inaugurado em 2007.
"O nosso estádio moderno, olímpico, está aprovado em todos os setores aprovados pelo Comitê Olímpico Internacional. Hoje o Engenhão comporta 45 mil pessoas, mas trabalhamos com um público máximo de 42 mil pessoas em grandes eventos, porque é mais seguro. O Botafogo está atento com as questões de segurança e por isso contratou a Puc-RS, que é especialista em estudos sobre a capacidade de evacuação", comentou Sérgio Landau.
A imprensa também teve acesso aos bastidores do Engenhão para observar os corredores, saídas de emergência e setores médicos. O estádio conta com três postos de saúde, cada um com cinco médicos, três enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem. Sobre ambulâncias, quatro estão sempre disponíveis, todas com UTI móvel, um médico, um enfermeiro e um condutor treinado em primeiros socorros. A estrutura foi exaltada pelo médico-chefe do Engenhão, Alex Busquet:
"Temos capacidade de fazer atendimento pré-hospitalar, estabilizar o paciente, dar alta ou removê-lo para um hospital".
