Presidente da Agência Mundial Antidoping pede mais esforços ao futebol
O presidente da Agência Mundial Antidoping, o australiano John Fahey, fez nesta terça-feira um apelo para que o futebol "faça mais esforços na luta contra o doping" ao adotar o passaporte biológico, além de intensificar os controles para EPO.
A EPO (eritropoietina), que o ex-ciclista Lance Armstrong confessou recentemente ter usado durante suas sete vitórias na Volta da França, é uma substância que estimula a medula óssea a elevar a produção de células vermelhas do sangue para deixar o atleta mais resistente em casos de esforços prolongados.
"Só digo isso: o futebol deveria fazer mais controles para detectar o uso de EPO", declarou Fahey numa coletiva de imprensa realizada em Londres.
"É preciso agir com inteligência. Os controles são dissuasivos e podem servir para flagrar usuários de substâncias proibidas, mas eu diria que o passaporte biológico também é uma ferramenta muito eficiente. Por que o futebol não usa ele?", questionou o dirigente.
Fahey também citou o tênis entre os esportes que deveriam intensificar seus esforços. "Observei recentemente exemplos de tenistas experientes que diziam que os controles não tinham muita regularidade. Eu diria que tanto o tênis quanto o futebol podem fazer mais na luta antidoping. Todos os esportes do mundo podem fazer mais", acrescentou.
"Reconheço que isso tudo custa dinheiro e entendo que alguns esportes têm mais condições de fornecer novos esforços do que outros. No entanto, só posso sugerir que todos avaliem o quanto isso pode ser importante para garantir a integridade do seu jogo", completou.