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Presidente da Fifa descarta plano de ressuscitar antiga liga soviética

20 jan 2013 - 14h43
(atualizado às 15h41)
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, descartou qualquer ideia de vários clubes ricos da Rússia de criar uma nova liga com os melhores times da antiga União Soviética, dizendo que qualquer mudança seria contra os princípios da entidade.

"É impossível", disse Blatter aos repórteres em São Petersburgo no domingo, após acompanhar a abertura da Copa CEI, uma competição anual envolvendo times da antiga União Soviética e que usa a sigla da Comunidade dos Estados Independentes.

"Vai contra os princípios da Fifa, portanto a Fifa jamais poderia apoiar tal ideia."

No mês passado, vários clubes russos, incluindo o atual campeão Zenit St Petersburg, o rico Anzhi Makhachkala e o CSKA Moscou, infelizes com a maneira como o futebol local vem sendo gerido, revelaram um plano de romper com o campeonato russo e começar uma nova liga multinacional com 16 times já no próximo ano.

O plano era chamar seis ou sete clubes russos de elite, como Zenit, Anzhi, CSKA e seus rivais de Moscou Spartak, Dynamo e Lokomotiv, juntar quatro ou cinco ucranianos, como o Shakhtar Donetsk e o Dynamo Kiev; e acrescentar um ou dois da Bielorrússia, Armênia ou Azerbaijão e criar a nova Liga da CEI.

"Todos nós sabemos o quão forte a antiga liga soviética era. Uma das mais fortes da Europa", disse o presidente do CSKA, Yevgeny Giner, um dos principais proponentes da nova liga, no mês passado.

"Se tudo correr da maneira como planejamos, a nova liga poderá ser muito forte. O público poderia aumentar muitas vezes e os clubes poderiam fazer mais dinheiro com televisão."

De qualquer maneira, os críticos dizem que a nova liga poderia entrar em conflito com a Fifa e a Uefa, que proíbem os times de participar de competições domésticas organizadas por outras federações nacionais.

O novo dirigente máximo do futebol russo, Nikolai Tolstykh, sentado próximo a Blatter, assegurou ao presidente da Fifa que seu país irá seguir as diretrizes da entidade mundial.

"Nós não recebemos nenhum detalhe sobre como a nova liga iria operar, mas em todo caso nós não poderíamos ir contra os desejos da Fifa", disse Tolstykh, que prometeu acabar com os escândalos de corrupção e manipulação de resultados desde que foi eleito presidente da federação russa em setembro do ano passado.

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