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Copa Nordeste

Presidente de organizada do Treze é morto a tiros na Paraíba

15 mar 2013 - 21h13
(atualizado às 21h28)
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O presidente de uma torcida organizada do Treze, Wagner Pereira de Albuquerque, 23 anos, foi executado com um tiro no pescoço no início da manhã desta quinta-feira em Campina Grande, quando voltava do trabalho. Ele foi atingido assim que desceu do ônibus, no bairro Santo Antônio.

A Polícia acredita que o crime tenha sido praticado por membros da torcida organizada do Campinense, como retaliação ao assassinato do caminhoneiro Marcílio da Silva Santos, 24 anos, após o jogo entre a equipe rubro-negra e o Fortaleza, realizado no Estádio Amigão no dia 3 de março, pelas semifinais da Copa do Nordeste.

De acordo com a delegada de homicídios Maíra Roberta Queiroz, a polícia identificou três suspeitos de cometer o crime, mas nenhum deles havia sido preso. Ela explicou que as primeiras informações recebidas confirmam que o homicídio foi motivado por uma “guerra de torcidas”. “No último dia 3 houve um caso em que o torcedor do Campinense foi morto e agora este caso teria sido uma revanche pelo que investigamos até o momento”, disse a delegada.

A família da vítima também contou que ele havia se envolvido em uma confusão com torcedores do Campinense, na semana passada. A mãe do rapaz, que não será identificada, disse que o filho estava sendo ameaçado por integrantes de uma torcida.

"Ele foi seguido, mas disse que os rapazes não iam matar, não, queriam só bater. A única coisa que eu penso é que pode ter sido briga de torcida organizada. E agora meu filho está morto”", lamentou.

Na partida deste sábado entre Campinense e ASA, que definirá o campeão da Copa Nordeste, os torcedores que irão ao EstádioO Amigão” não poderá consumir bebida alcoólica e nem utilizar fogos de artifício. As medidas fazem parte do esquema de segurança elaborado pelo Ministério Público e a Polícia Militar.

O tenente-coronel Souza Neto disse que a fiscalização será feita nos bares que ficam no entorno do estádio e que se for encontrada alguma bebida, será apreendida e encaminhada ao Ministério Público. Os torcedores serão revisados pelos policiais nos portões de acesso e se for constatada algum sintoma de embriaguez, eles serão impedidos de entrar no estádio.

Mais de 350 policiais militares serão utilizados para garantir a segurança, com reforço dos batalhões de Guarabira e João Pessoa.

MP acompanhará denúncias

O Ministério Público vai acompanhar as denúncias sobre a “guerra de torcidas” em Campina Grande. Segundo o promotor Sócrates Agra, na próxima semana, deverá ser marcada uma audiência pública com lideres das torcidas e representantes da segurança pública para discutir o problema. “Medidas deverão ser tomadas para combater essas brigas, afastando essas torcidas.

"Deverá ser pedido que seja feito um cadastramento dos torcedores, para também identificar aqueles que são “baderneiros” e traçar ações que sejam eficazes ao combate da violência no futebol da cidade"”, explicou.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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