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Presidente do Bayern confessa fraude para não ser preso: "Espero escapar"

11 mar 2014 - 11h15
(atualizado às 11h57)
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O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, surpreendeu o tribunal nesta segunda-feira ao admitir que deixou de pagar 18,5 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões) de impostos, valor mais de cinco vezes maior do que era acusado pela procuradoria. A confissão da fraude, porém, é considerada uma manobra elaborada pela defesa para tentar livrar o dirigente da cadeia, já que a Justiça já tinha provas incontestáveis do crime.

"Tenho evadido impostos", admite Hoeness. "Estou ciente de que admitir para as autoridades não muda isso. Estava esperando escapar de acusações criminais com uma confissão voluntária", explica o réu.

Diante da corte, o atual presidente e ex-jogador do Bayern confirmou as suspeitas de que escondia dinheiro de apostas em conta bancária na Suíça, mas alegou que se sente melhor dizendo a verdade. "Estou feliz que tudo agora está transparente e em cima da mesa. Lamento profundamente o meu mau comportamento. Vou fazer de tudo para garantir que este episódio angustiante termine", promete.O julgamento, porém, está longe do fim e o dirigente bávaro volta ao banco dos réus nesta terça-feira. A pena máxima na Alemanha para evasão fiscal é de dez anos de prisão, mas raramente os culpados são punidos por este tempo, sendo mais comuns períodos menores de reclusão. Ainda assim, a expectativa é que a Justiça alemã não alivie em nada as acusações sobre Hoeness, tratando as justificativas deste como estratégia de defesa e não arrependimento.

O atual presidente tem ligações com o Bayern de Munique há mais de quatro décadas. O vínculo começou em campo, onde atuou em alto nível por oito temporadas - desempenho que inclusive rendeu vaga na seleção alemã campeã mundial em 1974. Depois, ao se aposentar, ocupou o cargo de diretor de futebol e, a partir de 2009, assumiu a presidência do clube bávaro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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