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Presidentes de federações se dizem alvos de grampos ilegais

4 mai 2016 - 17h04
(atualizado às 17h31)
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Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Três presidentes de federações estaduais de futebol relataram ao Terra a suspeita de que seus telefones estariam grampeados ilegalmente. Atribuíram o fato à disputa política pelo poder na CBF. “Tenho certeza de que minhas conversas estão sendo monitoradas”, disse um deles à reportagem, pedindo anonimato. “Por isso, quando eu for ao Rio, marcamos um encontro".

Outro dirigente declarou recentemente que também gostaria apenas de conversar pessoalmente com o repórter. Ele teria informações sobre os bastidores da entidade e temia se expor pelo celular. Propôs que o contato se desse pelo telefone fixo.

O Terra tentou ainda entrevistar, na semana passada, um terceiro presidente de federação, à distância. Mas a recusa se deu pelos mesmo motivo. “Você está louco de eu falar essas coisas por aqui?”, reagiu, ao ser indagado sobre detalhes da folha de pagamento de diretores da CBF.

Nenhum deles apontou um eventual responsável pelos supostos grampos.

Somente reforçaram que a CBF, envolvida em escândalos, vive uma briga velada pelo controle do futebol do País e que há vários interesses em jogo a partir de uma possível punição da Fifa ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção. “Se o Del Nero sair, há pelo menos seis dirigentes de olho na presidência da CBF”, contou um deles.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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